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Economia brasileira segue atrativa, diz Goldman Sachs

Na avaliação do banco, a mudança nas políticas monetária e fiscal adotadas pela nova equipe econômica devem trazer de volta o crescimento do país

Notas de real: a elevada taxa de juros reais (já descontada a inflação) também se tornou um fator substancial de atração da economia brasileira (Stock.xchng/ Afonso Lima)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2015 às 09h52.

São Paulo - O Brasil segue atrativo para os investidores, apesar do cenário econômico perverso que combina inflação elevada e recessão.

Na avaliação do presidente do banco americano Goldman Sachs , Gary Cohn, superada a crise financeira de 2008-2009, as companhias buscam uma expansão geográfica por meio de fusões e aquisições. E o Brasil passa por esse movimento.

"Depois de passar pela crise, as empresas estão buscando se expandir geograficamente", diz Gary Cohn.

A elevada taxa de juros reais (já descontada a inflação) também se tornou um fator substancial de atração da economia brasileira (na semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juro (Selic) em mais 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano).

A nova alta reforçou a posição do Brasil de ter o juro real mais elevado do mundo num momento em que grandes economias têm um juro real negativo.

"O Brasil é um dos poucos países com taxas de juros positivas", afirma Cohn. "Estamos no mundo da renda fixa. É difícil ignorar essa oportunidade (da taxa de juros real)", diz.

Em dezembro do ano passado, segundo dados do Banco Central, o ativo total do Goldman Sachs era de R$ 5,966 bilhões. Em dezembro de 2013, o montante somava U$ 4,874 bilhões.

Para Cohn, o crescimento econômico no mundo deixou a desejar.

Mas ele avalia que os programas de estímulos promovidos por bancos centrais, como o Europeu, por exemplo, começaram a surtir efeito na economia, o que pode ser um sinal de recuperação.

"Estamos vendo uma economia global que não está criando o tipo de crescimento que nós gostaríamos de ver", disse.

"Os programas de quantitative easing (estímulos) que os bancos centrais fizeram começaram a funcionar. E os nosso clientes estão reagindo a isso. E isso cria oportunidade para nós. Na America Latina e no Brasil não é diferente."

Recuperação

Na avaliação do banco, a mudança nas políticas monetária e fiscal adotadas pela nova equipe econômica devem trazer de volta o crescimento do Brasil.

"A preocupação com a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento diminuiu significativamente por causa das medidas adotadas", disse Paulo Leme, presidente do Goldman Sachs.

"No curto prazo, a economia vai passar por um ajuste, que significa uma atividade econômica menor, mas isso prepara a economia para um perspectiva de recuperação no próximo ano."

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São Paulo - O Brasil segue atrativo para os investidores, apesar do cenário econômico perverso que combina inflação elevada e recessão.

Na avaliação do presidente do banco americano Goldman Sachs , Gary Cohn, superada a crise financeira de 2008-2009, as companhias buscam uma expansão geográfica por meio de fusões e aquisições. E o Brasil passa por esse movimento.

"Depois de passar pela crise, as empresas estão buscando se expandir geograficamente", diz Gary Cohn.

A elevada taxa de juros reais (já descontada a inflação) também se tornou um fator substancial de atração da economia brasileira (na semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juro (Selic) em mais 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano).

A nova alta reforçou a posição do Brasil de ter o juro real mais elevado do mundo num momento em que grandes economias têm um juro real negativo.

"O Brasil é um dos poucos países com taxas de juros positivas", afirma Cohn. "Estamos no mundo da renda fixa. É difícil ignorar essa oportunidade (da taxa de juros real)", diz.

Em dezembro do ano passado, segundo dados do Banco Central, o ativo total do Goldman Sachs era de R$ 5,966 bilhões. Em dezembro de 2013, o montante somava U$ 4,874 bilhões.

Para Cohn, o crescimento econômico no mundo deixou a desejar.

Mas ele avalia que os programas de estímulos promovidos por bancos centrais, como o Europeu, por exemplo, começaram a surtir efeito na economia, o que pode ser um sinal de recuperação.

"Estamos vendo uma economia global que não está criando o tipo de crescimento que nós gostaríamos de ver", disse.

"Os programas de quantitative easing (estímulos) que os bancos centrais fizeram começaram a funcionar. E os nosso clientes estão reagindo a isso. E isso cria oportunidade para nós. Na America Latina e no Brasil não é diferente."

Recuperação

Na avaliação do banco, a mudança nas políticas monetária e fiscal adotadas pela nova equipe econômica devem trazer de volta o crescimento do Brasil.

"A preocupação com a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento diminuiu significativamente por causa das medidas adotadas", disse Paulo Leme, presidente do Goldman Sachs.

"No curto prazo, a economia vai passar por um ajuste, que significa uma atividade econômica menor, mas isso prepara a economia para um perspectiva de recuperação no próximo ano."

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