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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.
A economia americana vive o seu ritmo de crescimento mais lento dos últimos 20 anos. E muitos executivos não sabem quando a má fase deve acabar. Ou se terão seus empregos até as coisas melhorarem.
O crescimento econômico dos Estados Unidos teve uma forte desaceleração no último trimestre de 2002, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo a uma taxa anual de 0,7% de outubro a dezembro, fortemente abaixo da taxa de 4% no trimestre anterior.
Análise feita pelo jornal The New York Times aponta para uma perda de 2 milhões de postos de trabalho, uma queda de 1,5% do total, desde março de 2001. As demissões são 1,3% maiores do que há 10 anos. A crise é tão forte que os demitidos estão até deixando de procurar trabalho. O índice oficial americano aponta que apenas 6% do total demitido está procurando emprego.
Empresas e desempregados aguardavam para o início deste ano bons ventos trazendo o fim da crise. Mas a ameaça de guerra voltou a adiar esse ideal, afirma o NYT. Nem mesmo o corte de impostos promovido pelo presidente George W. Bush melhorou as expectativas das empresas. O plano, aliás, foi mal visto por especialistas, que consideraram a ajuda pequena demais para combater o desemprego. É certo que o índice oficial de desemprego do país melhorou em janeiro na comparação com o mês anterior. Mas, definitivamente, é pouco para qualquer país: 5,7% em janeiro, contra 6% em dezembro.
Só na Geórgia, por exemplo, o varejo dispensou 42 600 pessoas desde dezembro de 2000. A seguir, uma lista de empresas que demitiram, com números estimados de dispensas:
Segundo o NYT, o mercado de trabalho enfrenta uma recessão ainda pior que toda a economia. Em 2001, o mercado entrou na pior crise dos últimos 30 anos, com queda de 4% no índice de emprego em relação a 2000. O índice atual está em 6% e continua se mantendo, mês após mês. Desde junho, os adultos sem trabalho somam 72,4 milhões de pessoas, de acordo com estatísticas do Ministério do Trabalho americano.
A crise no mercado de trabalho americano cria um outro problema: a redução do poder de barganha dos funcionários. A Qualcomm, afirma o NYT recebe cerca de 200 currículos de novos candidatos a emprego por dia. E isso sem a gueera no Iraque ter começado...