Economia

Duhalde e FHC discutirão futuro econômico e político da região

Começa na noite desta quinta-feira uma reunião entre os presidentes dos países economicamente mais importantes da América do Sul _apesar de ambos não estarem em posições confortáveis atualmente. O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, fará nesta quinta e sexta-feira uma visita oficial ao Brasil. A chegada do presidente está prevista para hoje à noite, na […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

Começa na noite desta quinta-feira uma reunião entre os presidentes dos países economicamente mais importantes da América do Sul _apesar de ambos não estarem em posições confortáveis atualmente. O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, fará nesta quinta e sexta-feira uma visita oficial ao Brasil. A chegada do presidente está prevista para hoje à noite, na Base Aérea de Brasília, de onde segue para o Palácio da Alvorada para um jantar com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Na pauta, as relações comerciais entre os dois paises, o Mercosul e a OMC. Mas, obviamente, outro tema igualmente importante tomará conta do encontro: as eleições presidenciais nos dois países. Duhalde viaja acompanhado de governadores de três províncias: Carlos Reutemann (Santa Fé), Felipe Solá (Buenos Aires) e Hernán Olivero, que representará José de la Sota, que está de licença (Córdoba).

Segundo a versão on line do jornal argentino Clarín, FHC alertaria aos representantes argentinos sobre a necessidade de que o próximo governo do país seja sólido e tenha posições econômicas e políticas claras. Duhalde estará acompanhado de seus apoiadores, mas o governador de Santa Fé, visto no país como a única esperança de "melar" a candidatura de Carlos Menem a Casa Rosada.

Lula e a Argentina

A expressão de credibilidade do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva sobre o futuro da economia do Brasil foi mal interpretada pela imprensa argentina. O jornal La Nacion afirmou que o petista chamou a argentina de "republiqueta", quando na verdade, o candidato disse que a economia brasileira está fragilizada. "Este país não é uma republiqueta, não é a Argentina. Este país não quebra", disse o petista.

A declaração foi mal interpretada pela imprensa local e exigiu que o porta-voz do candidato, André Singer, desse explicações: "Podem ter certeza de que a República Argentina goza da maior estima, respeito e solidariedade por parte de Lula".

Mercosul e OMC

Na quinta-feira, às 10h, o presidente argentino terá reunião com Fernando Henrique, no Palácio do Planalto, com quem deve debater o adensamento das relações bilaterais e o fortalecimento do Mercosul, além de examinar os principais temas políticos, econômicos e comerciais da agenda bilateral, regional e internacional.

Na sexta-feira, está prevista a assinatura do acordo bilateral para o setor automotivo.

Representantes do Brasil e da Argentina se reunirão amanhã e quinta-feira, com um comitê de arbitragem da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, para discutir as barreiras protecionistas impostas por Buenos Aires, desde julho de 2000, às exportações brasileiras de carne de frango, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

A partir de amanhã, o comitê da OMC terá de seis a nove meses para, em condições habituais, apresentar seu relatório. O Brasil ainda pode solicitar a suspensão do painel, caso encontre uma solução no plano bilateral para a disputa.

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