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Dólar impediu desaceleração maior no IPA-10,diz FGV

Se não houvesse alta da moeda, os preços dos produtos industriais iriam desacelerar com mais força

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 13h33.

Rio de Janeiro - A valorização do dólar frente ao real impediu que a alta nos preços dos produtos industriais desacelerassem com mais força no Índice de Preços ao Produtor Amplo - 10 (IPA-10) de junho, que compõe o IGP-10, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No entanto, a queda na cotação de algumas commodities no mercado externo tem contribuído para segurar a transmissão dos efeitos do câmbio.

Os produtos agropecuários reduziram o aumento de preços de 0,90% no IPA-10 de maio para 0,33% no IPA-10 de junho. Já os produtos industriais passaram de uma alta de 1,32% para 0,87% no período. "O lado mais lento da desaceleração é onde o câmbio atua mais fortemente. Por isso, a desaceleração em agropecuários é nítida e em produtos industriais, mais gradativa", explicou André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). "A inflação na indústria extrativa subiu, mas na indústria de transformação os segmentos estão ladeira abaixo".

O minério de ferro acelerou o ritmo de alta, passando de 2,35% em maio para 3,45% em abril. O item tem um peso de 4,83% no IPA, menor apenas do que o da soja, que pesa 4,93%. "(A alta) Tem a ver com câmbio, porque o minério de ferro é cotado em dólar. Mas se a taxa de câmbio ficar estável a possibilidade de continuar a pressionar o índice é pouca", disse Braz.

A FGV calcula que a alta média no câmbio em junho foi de 6,05%, contra 4,34% de maio. "Mas o índice já incorporou esse câmbio, que não deve se alterar muito mais", avaliou o economista da FGV.

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Os produtos agropecuários reduziram o aumento de preços de 0,90% no IPA-10 de maio para 0,33% no IPA-10 de junho. Já os produtos industriais passaram de uma alta de 1,32% para 0,87% no período. "O lado mais lento da desaceleração é onde o câmbio atua mais fortemente. Por isso, a desaceleração em agropecuários é nítida e em produtos industriais, mais gradativa", explicou André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). "A inflação na indústria extrativa subiu, mas na indústria de transformação os segmentos estão ladeira abaixo".

O minério de ferro acelerou o ritmo de alta, passando de 2,35% em maio para 3,45% em abril. O item tem um peso de 4,83% no IPA, menor apenas do que o da soja, que pesa 4,93%. "(A alta) Tem a ver com câmbio, porque o minério de ferro é cotado em dólar. Mas se a taxa de câmbio ficar estável a possibilidade de continuar a pressionar o índice é pouca", disse Braz.

A FGV calcula que a alta média no câmbio em junho foi de 6,05%, contra 4,34% de maio. "Mas o índice já incorporou esse câmbio, que não deve se alterar muito mais", avaliou o economista da FGV.

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