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Dólar e risco-país batem novos recordes de alta; Bovespa despenca

15h43) - A desconfiança dos investidores estrangeiros com os títulos da dívida brasileira e a mudança feita pelo governo na regra dos fundos de investimento no início da semana desnortearam o mercado e, como resultado, o dólar e o risco-país dispararam pelo quarto dia consecutivo. Ao contrário do que aconteceu ontem, o índice Bovespa também […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

15h43) - A desconfiança dos investidores estrangeiros com os títulos da dívida brasileira e a mudança feita pelo governo na regra dos fundos de investimento no início da semana desnortearam o mercado e, como resultado, o dólar e o risco-país dispararam pelo quarto dia consecutivo. Ao contrário do que aconteceu ontem, o índice Bovespa também está em queda, acima de 3%.

O dólar comercial voltou a subir mais de 1,7% nesta quinta, cotado a R$ 2,651 para venda. O cenário pessimista fez o risco-país também disparar e alcançar a marca de 1215 pontos nesta quinta, uma alta de 6,7% em relação ao fechamento de ontem e novo recorde do ano. O índice, apurado pelo banco JP Morgan, procura apontar se os países emergentes estão com a economia em ordem e com fôlego financeiro para pagar suas dívidas.

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O quadro de incertezas e pressão no câmbio faz o mercado desconfiar que o Brasil terá dificuldades de renovar sua dívida. Com isso, o C-Bond, principal título da dívida brasileira, entrou em queda e chegou a ser negociado por US$ 0,66 nesta quinta-feira. Em fevereiro, quando houve o corte dos juros pelo Copom, e todos estavam otimistas com o futuro da economia brasileira, o papel estava cotado acima de US$ 0,80.

No início do dia, a expectativa do mercado era de melhora no comportamento do câmbio -- depois do esforço do governo que conseguiu aumentar em 5 milhões de dólares o saldo da venda de títulos da dívida pública. "Esse fato fez com que o mercado apostasse na freada da cotação do dólar", afirma um analista de São Paulo.

Segundo ele, o nervosismo foi mantido hoje principalmente porque começaram as conversas entre os bancos para o ajuste de suas carteiras. "Se só os fundos chegaram a apresentar prejuízos de até 5%, imagino que o restante das carteiras também sofrerá perdas significativas", diz. O desempenhos dos bancos na Bolsa de Valores de São Paulo acompanhava esse raciocínio às 16 horas. Bradesco estava em queda de 3,19%, Itaú de 5,25% e Banco do Brasil de 8,22%.

A baixa da Bovespa também pode ser explicada pela queda dos mercados americanos. A Nasdaq operava em baixa de 2,64% e o índice Dow Jones em baixa de 1,83%.

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