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Documento do governo mostra que Previdência é prioridade entre as reformas

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, deixou claro nesta sexta-feira que, aos olhos da equipe econômica, que a reforma da Previdência tem importância muito maior para o futuro do país e do governo do que as outras que estão na pauta do Executivo (tributária e trabalhista) e do Legislativo (política). "A reforma da Previdência não […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, deixou claro nesta sexta-feira que, aos olhos da equipe econômica, que a reforma da Previdência tem importância muito maior para o futuro do país e do governo do que as outras que estão na pauta do Executivo (tributária e trabalhista) e do Legislativo (política). "A reforma da Previdência não é só uma questão fiscal. Ela tem caráter distributivo", afirmou o ministro, após anunciar a meta de superávit primário de 4,25% do PIB para 2003. A justificativa por escrito que o Ministério apresentou, para a busca da meta de superávit, defende que a reforma "também é uma questão de justiça social."

O texto insiste na necessidade de mexer no sistema de aposentadorias e pensões. Afirma que "mais importante do que lutar ano a ano para alcançar uma meta fiscal crescente" é corrigir desequilíbrios estruturais. "No caso do Brasil, uma das principais fontes de desequilíbrio é o sistema de previdência do setor público." E exemplifica: o governo federal gasta 33 bilhões de reais (mais de 150 milhões de reais em salários mínimos) para pagar as aposentadorias e pensões de um milhão de beneficiários.

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Entre os fatores que influenciam a obtenção do superávit primário, o Ministério da Fazenda apresentou expectativas negativas para dois em 2003:

  • Resultado da Previdência Social: "tende a se deteriorar, em particular pelo descompasso entre o crescimento da massa salarial do setor privado e da massa de benefícios previdenciários."
  • Receitas tributárias: "particularmente no governo central, não deverão se beneficiar em 2003 de um volume tão expressivo de receitas extraordinárias." O texto ressalva, porém, que "a meta é consistente com um crescimento da receita de ICMS acima do crescimento do PIB."

    O Ministério apresentou expectativas positivas para os seguintes fatores componentes do superávit:

  • PIB: "O crescimento econômico deverá voltar a níveis bem superiores aos observados em 2001 e 2002."
  • Câmbio: "A tendência de médio prazo do câmbio real é de apreciação - visto o câmbio real estar no seu nível mais baixo em mais de 15 anos."
  • Juros: "As taxas de juros reais, apesar de terem sido recentemente aumentadas para combater a inflação herdada de 2002, deverão continuar caindo em relação aos níveis da década passada."
  • Estatais: "a meta é consistente com uma conjuntura de preços que favorece as empresas estatais."
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