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Dívida mobiliária federal interna sobe 7,5% em 2012

A dívida pública federal registrou avanço de 7,6 por cento

A dívida pública mobiliária federal totalizou 1,916 trilhão de reais no ano passado (Marcos Santos/usp imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 18h09.

Brasília - A dívida pública mobiliária federal interna subiu 7,5 por cento em 2012 frente a 2011, atingindo 1,916 trilhão de reais, influenciada por aportes totais de 76,1 bilhões de reais do governo a bancos públicos para financiar o crédito no país.

Já a dívida pública federal, que inclui também a dívida externa, encerrou o ano em 2,008 trilhões de reais --maior valor nominal da série história iniciada em janeiro de 2006 --, representando elevação de 7,6 por cento ante dezembro de 2011, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional.

A dívida ficou dentro da banda fixada pelo governo, que delimitou que o estoque poderia chegar a 2,050 trilhões de reais ao fim de 2012.

"Estamos vendo que os bancos públicos vão entrar pesado para financiar os projetos de infraestrutura e provavelmente o grosso desses recursos virá do mecanismo de emissão de dívida", comentou o consultor econômico Raul Velloso, lembrando que o outro lado dessa política é a ampliação do endividamento público.

Somente para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram repassados 45 bilhões de reais refentes a aporte definido para 2012 e mais 10 bilhões de reais em transferência relativa a aporte negociado em 2011, segundo uma fonte do Ministério da Fazenda. A Caixa Econômica recebeu 13,1 bilhões de reais e o Banco do Brasil, 8,10 bilhões de reais.

Na avaliação do economista-chefe da Planner, Eduardo Velho, as transferências diretas de títulos para os bancos públicos serão mantidas em 2013, reforçando a característica do governo Dilma Rousseff de atuação direta no crédito.

"O uso dos bancos públicos para estimular o crédito vai demandar mais aportes do Tesouro e emissão de dívida. Há uma intervenção clara no canal do crédito essa é uma característica do governo Dilma que deve ser mantida até 2014", comentou.

O ano passado também foi marcado pelas operações de troca de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos pós-fixados indexados à taxa Selic, pertencentes a fundos do extramercado (empresas, órgãos e fundos ligados ao governo federal) por títulos prefixados e indexados à inflação.

Essas trocas somaram 105,3 bilhões de reais e contribuíram para aumentar a parcela dos títulos prefixados e corrigidos pela inflação na composição da dívida, ampliando a previsibilidade na gestão.


O relatório de dezembro mostrou ainda que a parcela prefixada da dívida total ficou em 40 por cento, dentro da banda fixada para 2012, que previa teto de 41 por cento.

A parcela da dívida composta por títulos corrigidos pela inflação ficou no teto do intervalo em 33,87 por cento.

A parte da dívida formada por papéis vinculados à taxa Selic ficou em 21,73 por cento, levemente abaixo da banda delimitada, que previa piso de 22 por cento e teto de 26 por cento.

Em 2012, houve aumento de 29,98 por cento da parcela da dívida na mão de estrangeiros sobre o fechamento de 2011, totalizando 263 bilhões de reais em títulos da dívida interna brasileira em dezembro de 2012, o que representa 13,72 por cento do total do estoque da dívida mobiliária federal interna.

JUROS

O relatório da dívida mobiliária apresentado nesta terça-feira pelo Tesouro mostrou também que a queda da taxa Selic, fixada em 7,25 por cento ao ano, influenciou positivamente o estoque do passivo por meio da redução dos encargos com o pagamento de juros.

A despesa com juros na rolagem dos papéis federais totalizou 208 bilhões de reais em 2012, queda de 1,65 por cento ante 211,5 bilhões de reais em 2011, uma tendência que deve a se aprofundar em 2013.

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Já a dívida pública federal, que inclui também a dívida externa, encerrou o ano em 2,008 trilhões de reais --maior valor nominal da série história iniciada em janeiro de 2006 --, representando elevação de 7,6 por cento ante dezembro de 2011, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional.

A dívida ficou dentro da banda fixada pelo governo, que delimitou que o estoque poderia chegar a 2,050 trilhões de reais ao fim de 2012.

"Estamos vendo que os bancos públicos vão entrar pesado para financiar os projetos de infraestrutura e provavelmente o grosso desses recursos virá do mecanismo de emissão de dívida", comentou o consultor econômico Raul Velloso, lembrando que o outro lado dessa política é a ampliação do endividamento público.

Somente para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram repassados 45 bilhões de reais refentes a aporte definido para 2012 e mais 10 bilhões de reais em transferência relativa a aporte negociado em 2011, segundo uma fonte do Ministério da Fazenda. A Caixa Econômica recebeu 13,1 bilhões de reais e o Banco do Brasil, 8,10 bilhões de reais.

Na avaliação do economista-chefe da Planner, Eduardo Velho, as transferências diretas de títulos para os bancos públicos serão mantidas em 2013, reforçando a característica do governo Dilma Rousseff de atuação direta no crédito.

"O uso dos bancos públicos para estimular o crédito vai demandar mais aportes do Tesouro e emissão de dívida. Há uma intervenção clara no canal do crédito essa é uma característica do governo Dilma que deve ser mantida até 2014", comentou.

O ano passado também foi marcado pelas operações de troca de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos pós-fixados indexados à taxa Selic, pertencentes a fundos do extramercado (empresas, órgãos e fundos ligados ao governo federal) por títulos prefixados e indexados à inflação.

Essas trocas somaram 105,3 bilhões de reais e contribuíram para aumentar a parcela dos títulos prefixados e corrigidos pela inflação na composição da dívida, ampliando a previsibilidade na gestão.


O relatório de dezembro mostrou ainda que a parcela prefixada da dívida total ficou em 40 por cento, dentro da banda fixada para 2012, que previa teto de 41 por cento.

A parcela da dívida composta por títulos corrigidos pela inflação ficou no teto do intervalo em 33,87 por cento.

A parte da dívida formada por papéis vinculados à taxa Selic ficou em 21,73 por cento, levemente abaixo da banda delimitada, que previa piso de 22 por cento e teto de 26 por cento.

Em 2012, houve aumento de 29,98 por cento da parcela da dívida na mão de estrangeiros sobre o fechamento de 2011, totalizando 263 bilhões de reais em títulos da dívida interna brasileira em dezembro de 2012, o que representa 13,72 por cento do total do estoque da dívida mobiliária federal interna.

JUROS

O relatório da dívida mobiliária apresentado nesta terça-feira pelo Tesouro mostrou também que a queda da taxa Selic, fixada em 7,25 por cento ao ano, influenciou positivamente o estoque do passivo por meio da redução dos encargos com o pagamento de juros.

A despesa com juros na rolagem dos papéis federais totalizou 208 bilhões de reais em 2012, queda de 1,65 por cento ante 211,5 bilhões de reais em 2011, uma tendência que deve a se aprofundar em 2013.

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