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DIs sobem após Banco Central piorar projeções de inflação

O BC passou a projetar alta de 6,6% no IPCA em 2016 e 4,9% em 2017, contra projeção anterior de 6,2 e 4,8%, respectivamente

Banco Central: o BC tem dito que almeja trazer a inflação ao centro da meta --de 4,5% pelo IPCA-- em 2017 (Ueslei Marcelino/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 11h10.

São Paulo - As taxas dos contratos de juros futuros avançavam nesta quinta-feira, com investidores reduzindo as apostas em quedas dos juros básicos neste ano após o Banco Central piorar suas projeções de inflação, mostrando que a taxa só deve voltar ao centro da meta do governo no início de 2018.

O BC tem dito que almeja trazer a inflação ao centro da meta --de 4,5% pelo IPCA-- em 2017.

O BC passou a projetar alta de 6,6% no IPCA em 2016 e 4,9% em 2017, contra projeção anterior de 6,2 e 4,8%, respectivamente.

O cenário de referência para as projeções usa como parâmetros o dólar a 3,70 reais e a Selic no atual patamar de 14,25%.

Operadores ressaltaram que a taxa de câmbio utilizada pelo BC parece plausível para este ano e, portanto, qualquer ação sobre as perspectivas para a inflação teria de passar pela taxa básica de juros.

O BC também repetiu no Relatório Trimestral de Inflação que as condições atuais "não permitem hipótese de flexibilização monetária".

Os mercados vinham precificando quedas da Selic, hoje a 14,25% ao ano, no segundo semestre deste ano, perspectiva que perdia força nesta sessão.

Muitos operadores, porém, ainda viam exageros nessa precificação, reflexo da euforia que tomou os mercados conforme cresceram as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O DI para janeiro de 2021 acumulou queda de 1,96 ponto percentual neste mês até a véspera, com operadores apostando que eventual troca de governo poderia ajudar a resgatar a confiança no país.

Alguns ponderam, no entanto, que a instabilidade política tende a pressionar a confiança.

Nesta sessão, o contrato avançava 0,13 ponto percentual, para 13,75%.

"Não faz sentido fazer projeção sem saber quem vai estar no poder em alguns meses", disse o estrategista de um banco internacional.

Nesta sessão, o foco estava nos esforços do governo para se defender, com a participação do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na comissão do impeachment.

Também continuava no radar a configuração partidária do governo, após notícia de que seis ministros do PMDB vão contrariar o partido e continuar em seus cargos por ora.

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O BC tem dito que almeja trazer a inflação ao centro da meta --de 4,5% pelo IPCA-- em 2017.

O BC passou a projetar alta de 6,6% no IPCA em 2016 e 4,9% em 2017, contra projeção anterior de 6,2 e 4,8%, respectivamente.

O cenário de referência para as projeções usa como parâmetros o dólar a 3,70 reais e a Selic no atual patamar de 14,25%.

Operadores ressaltaram que a taxa de câmbio utilizada pelo BC parece plausível para este ano e, portanto, qualquer ação sobre as perspectivas para a inflação teria de passar pela taxa básica de juros.

O BC também repetiu no Relatório Trimestral de Inflação que as condições atuais "não permitem hipótese de flexibilização monetária".

Os mercados vinham precificando quedas da Selic, hoje a 14,25% ao ano, no segundo semestre deste ano, perspectiva que perdia força nesta sessão.

Muitos operadores, porém, ainda viam exageros nessa precificação, reflexo da euforia que tomou os mercados conforme cresceram as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O DI para janeiro de 2021 acumulou queda de 1,96 ponto percentual neste mês até a véspera, com operadores apostando que eventual troca de governo poderia ajudar a resgatar a confiança no país.

Alguns ponderam, no entanto, que a instabilidade política tende a pressionar a confiança.

Nesta sessão, o contrato avançava 0,13 ponto percentual, para 13,75%.

"Não faz sentido fazer projeção sem saber quem vai estar no poder em alguns meses", disse o estrategista de um banco internacional.

Nesta sessão, o foco estava nos esforços do governo para se defender, com a participação do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na comissão do impeachment.

Também continuava no radar a configuração partidária do governo, após notícia de que seis ministros do PMDB vão contrariar o partido e continuar em seus cargos por ora.

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