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Dilma diz que não há motivo para mudar modelo para pré-sal

Presidente considerou leilão da área de petróleo de Libra bem-sicedido

Dilma Rousseff: presidente disse que o consórcio vencedor, formado pela Petrobras, pela anglo-holandesa Shell, pela francesa Total e pelas chinesas CNPC e CNOOC, "é sólido" (Chip East/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 13h47.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff descartou nesta terça-feira fazer modificações no modelo de partilha para os leilões do pré-sal e argumentou que quem se opõe a esse regime quer transferir a riqueza do pré-sal "para o exterior".

A afirmação foi feita um dia depois do leilão da enorme reserva de Libra, que teve somente um consórcio, que venceu o certame com o lance mínimo.

Os críticos do modelo argumentam que a exigência de conteúdo local para compra de máquinas e equipamentos usados na exploração, a participação obrigatória de 30 por cento da Petrobras nos consórcios e os amplos poderes da Pré-Sal Petróleo (PPSA) no controle da operação são entraves para atração de investidores.

Independente da falta de concorrência no leilão, Dilma disse que a disputa foi "um sucesso" e que o consórcio vencedor reuniu as principais petroleiras do mundo.

"Eu não vejo onde esse modelo precisa de ajustes", disse a presidente a jornalistas após cerimônia de sanção da lei que cria o programa Mais Médicos.

"Aqueles que são contra o conteúdo local, querem transferir a riqueza do pré-sal, por outra forma, para o exterior", prosseguiu. "Não tem por que modificar conteúdo nacional, não tem por que modificar papel da PPSA. A PPSA controla o custo do óleo. Não tem por que tirar os 30 por cento da Petrobras", afirmou a presidente.

"Então, aqueles que querem mudar isso, mostrem as suas faces e defendam, não atribuam ao governo o interesse em modificar qualquer coisa. O governo está satisfeito com o modelo de partilha", acrescentou Dilma sem apontar os críticos.


Na segunda-feira, a presidente também fez um pronunciamento no rádio e na TV comemorando o resultado do leilão e rebatendo as críticas de que o governo petista estava privatizando a riqueza nacional.

O certame foi vencido pelo consórcio formado pela anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as estatais chinesas CNPC e CNOOC, sobe a liderança da Petrobras, que ficou com 40 por cento de participação.

Antes do leilão, sindicatos dos petroleiros fizeram greve contra o leilão, manifestantes tomaram as ruas e alguns grupos foram à Justiça para tentar cancelar o certame, chamando-o de privatização de recursos naturais preciosos para interesses estrangeiros.

Dilma rebateu esse argumento dizendo que 85 por cento dessa riqueza ficará nas mãos do Brasil e da Petrobras.

MAIS MÉDICOS Pouco antes de defender o modelo de partilha, Dilma comandou uma longa cerimônia para sancionar a lei que viabiliza o programa Mais Médicos, que tem como foco principal a importação de médicos de outros países para atender as regiões do país que têm déficit de atendimento.

Segundo ela, até o final do mês, 3,5 mil médicos que aderiram ao programa já estarão atendendo a população.

"Vamos aumentar mês a mês esse número e até o final do ano nossa meta é atender 23 milhões de brasileiros", discursou a presidente.

O programa sofre bastante resistência das entidades médicas e foi um dos pactos propostos pela presidente para dar respostas às grandes manifestações populares que ocorreram em junho.

Segundo Dilma, o governo quer atender 46 milhões de brasileiros que não têm atendimento regular, aumentando o contingente de médicos do programa para 13 mil.

Atualizado às 14h47

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff descartou nesta terça-feira fazer modificações no modelo de partilha para os leilões do pré-sal e argumentou que quem se opõe a esse regime quer transferir a riqueza do pré-sal "para o exterior".

A afirmação foi feita um dia depois do leilão da enorme reserva de Libra, que teve somente um consórcio, que venceu o certame com o lance mínimo.

Os críticos do modelo argumentam que a exigência de conteúdo local para compra de máquinas e equipamentos usados na exploração, a participação obrigatória de 30 por cento da Petrobras nos consórcios e os amplos poderes da Pré-Sal Petróleo (PPSA) no controle da operação são entraves para atração de investidores.

Independente da falta de concorrência no leilão, Dilma disse que a disputa foi "um sucesso" e que o consórcio vencedor reuniu as principais petroleiras do mundo.

"Eu não vejo onde esse modelo precisa de ajustes", disse a presidente a jornalistas após cerimônia de sanção da lei que cria o programa Mais Médicos.

"Aqueles que são contra o conteúdo local, querem transferir a riqueza do pré-sal, por outra forma, para o exterior", prosseguiu. "Não tem por que modificar conteúdo nacional, não tem por que modificar papel da PPSA. A PPSA controla o custo do óleo. Não tem por que tirar os 30 por cento da Petrobras", afirmou a presidente.

"Então, aqueles que querem mudar isso, mostrem as suas faces e defendam, não atribuam ao governo o interesse em modificar qualquer coisa. O governo está satisfeito com o modelo de partilha", acrescentou Dilma sem apontar os críticos.


Na segunda-feira, a presidente também fez um pronunciamento no rádio e na TV comemorando o resultado do leilão e rebatendo as críticas de que o governo petista estava privatizando a riqueza nacional.

O certame foi vencido pelo consórcio formado pela anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as estatais chinesas CNPC e CNOOC, sobe a liderança da Petrobras, que ficou com 40 por cento de participação.

Antes do leilão, sindicatos dos petroleiros fizeram greve contra o leilão, manifestantes tomaram as ruas e alguns grupos foram à Justiça para tentar cancelar o certame, chamando-o de privatização de recursos naturais preciosos para interesses estrangeiros.

Dilma rebateu esse argumento dizendo que 85 por cento dessa riqueza ficará nas mãos do Brasil e da Petrobras.

MAIS MÉDICOS Pouco antes de defender o modelo de partilha, Dilma comandou uma longa cerimônia para sancionar a lei que viabiliza o programa Mais Médicos, que tem como foco principal a importação de médicos de outros países para atender as regiões do país que têm déficit de atendimento.

Segundo ela, até o final do mês, 3,5 mil médicos que aderiram ao programa já estarão atendendo a população.

"Vamos aumentar mês a mês esse número e até o final do ano nossa meta é atender 23 milhões de brasileiros", discursou a presidente.

O programa sofre bastante resistência das entidades médicas e foi um dos pactos propostos pela presidente para dar respostas às grandes manifestações populares que ocorreram em junho.

Segundo Dilma, o governo quer atender 46 milhões de brasileiros que não têm atendimento regular, aumentando o contingente de médicos do programa para 13 mil.

Atualizado às 14h47

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