Com melhora de 0,1%, o nível de desemprego nos Estados Unidos é o mais baixo desde março: 5,9% em novembro. No período, 57 mil americanos foram empregados, mas a indústria registrou o trigésimo-nono mês consecutivo de recuo na força de trabalho, demitindo 21% mais trabalhadores do que em outubro.

Nos últimos três anos, o setor privado americano cortou cerca de 3 milhões de postos de trabalho. De acordo com reportagem do Wall Street Journal em sua versão online de hoje (5/12), para que fossem repostos, seriam necessários 200 mil a 400 mil novos empregos por mês, o que "supera muito a média registrada durante o boom econômico dos anos 90". De julho a novembro, houve 328 mil contratações nos Estados Unidos.

Além da indústria, que fechou 17 mil vagas, o varejo demitiu 28 mil trabalhadores. Os sinais positivos vieram da área de educação e saúde, que abriu 34 mil postos de trabalho em novembro, e do setor de serviços, que empregou 64 mil pessoas ainda assim, menos da metade do total recrutado em outubro. O setor agrícola não é considerado nesse levantamento.

Outra indicação positiva foi o leve aumento da jornada semanal média, que atingiu 33,9 horas e representa o maior nível desde setembro de 2002. Essa expansão, a segunda consecutiva, serve como prenúncio de contratações.