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Desemprego no Brasil se mantém em 7,6 por cento em setembro

O cenário recessivo, aliado à inflação elevada, tem pesado sobre o mercado de trabalho

Carteira de trabalho: a expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa subisse a 7,8 por cento segundo a mediana das projeções (Daniela de Lamare)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 10h22.

Rio de Janeiro/São Paulo - A taxa de desemprego do Brasil permaneceu em 7,6 por cento em setembro, melhor do que o esperado mas que não indica melhora no atual cenário já que a redução da procura por vagas reflete o desânimo do trabalhador em conseguir uma colocação.

Pela primeira vez no ano, a taxa medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) parou de subir, mas ainda assim é a maior para setembro desde 2009, quando foi de 7,7 por cento.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa subisse a 7,8 por cento.

O cenário recessivo, aliado à inflação elevada, tem pesado sobre o mercado de trabalho. Além disso, a forte crise política também mina a confiança de empresários e consumidores.

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, a população desocupada --que inclui as pessoas à procura de uma posição nas seis regiões metropolitanas analisadas-- teve queda de 0,2 por cento no mês passado na comparação com o mês anterior, mas saltou 56,6 por cento sobre um ano antes, atingindo 1,853 milhão de pessoas.

"As pessoas estão descrentes de que vão arrumar um emprego efetivamente, e saem da pesquisa. Estão fazendo bicos, estudando para alguma especialização e isso é normal nesse período de crise", disse o economista-chefe da Austin Rating Alex Agostini.

A população ocupada recuou 0,2 por cento sobre agosto e 1,8 por cento ante o mesmo mês do ano passado, chegando a 22,683 milhões de pessoas.

Segundo Agostini, a tendência sazonal de criação de vagas no fim do ano teve acontecer num padrão bem abaixo da média histórica, e a tendência é que a taxa de desemprego caia até o fim do ano.

"Mas isso não significa que está bom. Existe falta de perspectiva de conseguir emprego", disse ele, para quem a taxa fechará este ano em 7 por cento.

O IBGE mostrou ainda que a renda média da população recuou 0,8 por cento em setembro, para 2.179,80 reais mensais, enquanto na comparação anual houve recuo de 4,3 por cento.

No trimestre encerrado em julho, o desemprego no Brasil subiu a 8,6 por cento, renovando o nível mais alto da série histórica iniciada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua iniciada em 2012, que engloba todas as regiões do país.

A PME, que deixará de existir no início de 2016, abrange apenas seis regiões metropolitanas.

Na pesquisa Focus do Banco Central junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que a economia irá contrair 3 por cento este ano e 1,22 por cento em 2016.

Texto atualizado às 11h22

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Rio de Janeiro/São Paulo - A taxa de desemprego do Brasil permaneceu em 7,6 por cento em setembro, melhor do que o esperado mas que não indica melhora no atual cenário já que a redução da procura por vagas reflete o desânimo do trabalhador em conseguir uma colocação.

Pela primeira vez no ano, a taxa medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) parou de subir, mas ainda assim é a maior para setembro desde 2009, quando foi de 7,7 por cento.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa subisse a 7,8 por cento.

O cenário recessivo, aliado à inflação elevada, tem pesado sobre o mercado de trabalho. Além disso, a forte crise política também mina a confiança de empresários e consumidores.

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, a população desocupada --que inclui as pessoas à procura de uma posição nas seis regiões metropolitanas analisadas-- teve queda de 0,2 por cento no mês passado na comparação com o mês anterior, mas saltou 56,6 por cento sobre um ano antes, atingindo 1,853 milhão de pessoas.

"As pessoas estão descrentes de que vão arrumar um emprego efetivamente, e saem da pesquisa. Estão fazendo bicos, estudando para alguma especialização e isso é normal nesse período de crise", disse o economista-chefe da Austin Rating Alex Agostini.

A população ocupada recuou 0,2 por cento sobre agosto e 1,8 por cento ante o mesmo mês do ano passado, chegando a 22,683 milhões de pessoas.

Segundo Agostini, a tendência sazonal de criação de vagas no fim do ano teve acontecer num padrão bem abaixo da média histórica, e a tendência é que a taxa de desemprego caia até o fim do ano.

"Mas isso não significa que está bom. Existe falta de perspectiva de conseguir emprego", disse ele, para quem a taxa fechará este ano em 7 por cento.

O IBGE mostrou ainda que a renda média da população recuou 0,8 por cento em setembro, para 2.179,80 reais mensais, enquanto na comparação anual houve recuo de 4,3 por cento.

No trimestre encerrado em julho, o desemprego no Brasil subiu a 8,6 por cento, renovando o nível mais alto da série histórica iniciada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua iniciada em 2012, que engloba todas as regiões do país.

A PME, que deixará de existir no início de 2016, abrange apenas seis regiões metropolitanas.

Na pesquisa Focus do Banco Central junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que a economia irá contrair 3 por cento este ano e 1,22 por cento em 2016.

Texto atualizado às 11h22

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