Exame Logo

Desemprego na América Latina será de 6,2% em 2015, diz Cepal

Organismos preveem uma queda pelo terceiro ano consecutivo na taxa de ocupação urbana na região

Organismos preveem uma queda pelo terceiro ano consecutivo na taxa de ocupação urbana na região (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 14h55.

Santiago - A taxa de desemprego nos países da América Latina será de 6,2% em 2015, maior que os 6% do ano passado, segundo estimativas divulgadas nesta quarta-feira em Santiago pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

"O pouco estimulante cenário econômico para este ano provocará um leve aumento na taxa de desemprego regional até 6,2% em 2015, depois de ter marcado 6% em 2014", aponta o relatório.

Cepal e OIT informam no estudo Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe que "a expansão da atividade econômica esperada para a região de 1% impediria reverter o processo de desaceleração iniciado em 2011".

"A estagnação do produto interno bruto (PIB) per capita debilitaria a demanda laboral e, como consequência, a geração de emprego assalariado", acrescenta o estudo.

Ambos os organismos preveem uma queda pelo terceiro ano consecutivo na taxa de ocupação urbana na região, que se refere à relação entre a população ocupada e o número de pessoas que integram a população em idade de trabalhar.

O relatório também indica uma queda da participação laboral, ou seja, a proporção da população em idade de trabalhar que está dentro da força de trabalho, tanto ocupada como desempregada, em 2015.

Essa circunstância, unida à diminuição da taxa de ocupação, provocará um aumento no desemprego aberto, que ficará nos mesmos níveis de 2013, segundo o levantamento.

"O cenário do mercado de trabalho previsto para 2015 não é muito estimulante para a busca de progressos substanciais que ajudem a conseguir melhoras em termos de pobreza e desigualdade", disseram a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e a diretora do Escritório Regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco.

O relatório informa que durante grande parte da década passada e no início da atual, América Latina e Caribe tiveram importantes avanços na redução da pobreza e na distribuição de renda, em um contexto global caracterizado por crescentes níveis de desigualdade.

"Essas melhoras se deveram às tendências positivas mostradas pelo mercado de trabalho, como a forte geração de emprego assalariado, a redução das desigualdades de renda trabalhistas, e políticas públicas tanto trabalhistas (salário mínimo, formalização) como não trabalhistas (expansão dos sistemas de proteção social e da educação)".

O documento da Cepal e da OIT analisa o desempenho laboral da região em 2014 e atribui a queda da taxa de desemprego observada durante o ano passado ao comportamento atípico dos mercados de trabalho em Argentina, Brasil e México, mais especificamente à grande magnitude da queda de suas taxas de participação.

Além disso, examina a ampliação da proteção social em um contexto de elevada informalidade na região. O documento assinala que "de uma perspectiva de direitos, a universalização da proteção social é indispensável para avançar na construção de sociedades que têm a igualdade como horizonte de estratégia de desenvolvimento".

Os dois organismos das Nações Unidas indicam que "para garantir o acesso universal é necessário integrar componentes contributivos e não contributivos nos sistemas de proteção social, o que ajuda para importantes desafios, sobretudo em termos de projeto institucional e de financiamento".

Veja também

Santiago - A taxa de desemprego nos países da América Latina será de 6,2% em 2015, maior que os 6% do ano passado, segundo estimativas divulgadas nesta quarta-feira em Santiago pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

"O pouco estimulante cenário econômico para este ano provocará um leve aumento na taxa de desemprego regional até 6,2% em 2015, depois de ter marcado 6% em 2014", aponta o relatório.

Cepal e OIT informam no estudo Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe que "a expansão da atividade econômica esperada para a região de 1% impediria reverter o processo de desaceleração iniciado em 2011".

"A estagnação do produto interno bruto (PIB) per capita debilitaria a demanda laboral e, como consequência, a geração de emprego assalariado", acrescenta o estudo.

Ambos os organismos preveem uma queda pelo terceiro ano consecutivo na taxa de ocupação urbana na região, que se refere à relação entre a população ocupada e o número de pessoas que integram a população em idade de trabalhar.

O relatório também indica uma queda da participação laboral, ou seja, a proporção da população em idade de trabalhar que está dentro da força de trabalho, tanto ocupada como desempregada, em 2015.

Essa circunstância, unida à diminuição da taxa de ocupação, provocará um aumento no desemprego aberto, que ficará nos mesmos níveis de 2013, segundo o levantamento.

"O cenário do mercado de trabalho previsto para 2015 não é muito estimulante para a busca de progressos substanciais que ajudem a conseguir melhoras em termos de pobreza e desigualdade", disseram a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e a diretora do Escritório Regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco.

O relatório informa que durante grande parte da década passada e no início da atual, América Latina e Caribe tiveram importantes avanços na redução da pobreza e na distribuição de renda, em um contexto global caracterizado por crescentes níveis de desigualdade.

"Essas melhoras se deveram às tendências positivas mostradas pelo mercado de trabalho, como a forte geração de emprego assalariado, a redução das desigualdades de renda trabalhistas, e políticas públicas tanto trabalhistas (salário mínimo, formalização) como não trabalhistas (expansão dos sistemas de proteção social e da educação)".

O documento da Cepal e da OIT analisa o desempenho laboral da região em 2014 e atribui a queda da taxa de desemprego observada durante o ano passado ao comportamento atípico dos mercados de trabalho em Argentina, Brasil e México, mais especificamente à grande magnitude da queda de suas taxas de participação.

Além disso, examina a ampliação da proteção social em um contexto de elevada informalidade na região. O documento assinala que "de uma perspectiva de direitos, a universalização da proteção social é indispensável para avançar na construção de sociedades que têm a igualdade como horizonte de estratégia de desenvolvimento".

Os dois organismos das Nações Unidas indicam que "para garantir o acesso universal é necessário integrar componentes contributivos e não contributivos nos sistemas de proteção social, o que ajuda para importantes desafios, sobretudo em termos de projeto institucional e de financiamento".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDesempregoIndicadores econômicos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame