Economia

Desemprego medido pelo IBGE sobe pelo quinto mês

A taxa de desemprego medida pelo IBGE manteve-se praticamente estável em relação a abril e teve alta de 0,9 ponto percentual em relação a maio do ano passado. Entre março e abril de 2003, o rendimento médio habitualmente recebido caiu 2,9%, enquanto o efetivamente recebido caiu 2,8%. Desde maio de 2002, a PEA (População Economicamente […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

A taxa de desemprego medida pelo IBGE manteve-se praticamente estável em relação a abril e teve alta de 0,9 ponto percentual em relação a maio do ano passado. Entre março e abril de 2003, o rendimento médio habitualmente recebido caiu 2,9%, enquanto o efetivamente recebido caiu 2,8%. Desde maio de 2002, a PEA (População Economicamente Ativa) aumentou 6,6%: foram mais 950 mil pessoas na população ocupada e mais 360 mil na população desocupada. Dessas últimas, 71% eram mulheres. É o quinto mês de alta na taxa: em dezembro, o desemprego havia caído para 10,5%, subindo para 11,2% em janeiro, até chegar aos 12,8% de maio.

A Pesquisa Mensal de Emprego realizada em maio de 2003, nas seis maiores regiões metropolitanas do país, estimou a taxa de desocupação em 12,8%. Houve estabilidade em relação a abril de 2003 (12,4%). Na comparação com maio de 2002, houve acréscimo de 0,9 ponto percentual: 0,4 ponto percentual na taxa de desocupação masculina e 1,6 na feminina. Desde aquele mês, nas seis regiões metropolitanas investigadas, a população desocupada aumentou em aproximadamente 360 mil pessoas, e 71% dessas eram mulheres.

Em todas as regiões e em relação abril, a taxa de desocupação manteve-se praticamente constante. Já contra maio de 2002, as regiões metropolitanas de Recife e São Paulo apresentaram aumento de 2,5 e 2,4 pontos percentuais respectivamente, nas suas taxas de desocupação. Na região metropolitana do Rio de Janeiro houve queda (-1,4 ponto percentual), e em Salvador e Porto Alegre praticamente não ocorreu variação.

De maio do ano passado para o desse ano, a taxa de atividade aumentou de 54,7% para 57,1%, mostrando alta nos níveis de ocupação e desocupação (1,6 ponto percentual e 0,8 ponto percentual, respectivamente). O número de pessoas ocupadas, ainda que discretamente, continuou a aumentar, subindo 0,4% na comparação com abril de 2003. Em relação a maio do ano anterior, a elevação chega a 5,5% - ou a mais 950 mil pessoas ocupadas. Aumentou também, no mesmo período, o número de pessoas economicamente ativas: mais 6,6%.

Os totais das categorias de empregados e de trabalhadores por conta própria permaneceram estáveis. Manteve-se a retração no número de empregados sem carteira de trabalho assinada observada em abril. Mas na comparação com maio de 2002, houve aumento de 6,9% no número de empregados sem carteira, uma variação menor que a de abril/abril: (9,1%). O número de empregados com carteira praticamente não se alterou na comparação mensal, embora tenha aumentado 3,2% na comparação anual.

Por atividades, a variação mensal positiva mais significativa ocorreu na indústria extrativa e de transformação e distribuição de água, luz e gás (2,9%), e a queda (-2,9%) na construção civil. Na comparação anual, destacam-se o grupo de intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados à empresa, o grupo da indústria extrativa e de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água e o grupo da construção, que apresentaram variação positiva de 12,0%, 10,1% e 9,9%, respectivamente.

Verificou-se queda de 9,0% na comparação com o mês anterior na estimativa do total de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, cerca de 4,8% do total de ocupados. Todavia, na comparação anual houve expressivo aumento deste contingente (28,3%), ou seja, um aumento de 195 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas .

O número de pessoas não economicamente ativas (fora do mercado de trabalho) caiu 0,6% em relação ao mês passado e 3,2% em relação à maio de 2002. Em 12 meses, 520 mil pessoas voltaram para o mercado de trabalho. A população economicamente ativa com 50 anos ou mais (15,4% da população economicamente ativa) teve uma variação positiva de 15,5% .

O percentual de pessoas marginalmente ligadas a população economicamente ativa manteve-se estável em relação a abril (5,9%), e em queda de 1,0 ponto percentual em relação a maio do ano anterior.

Em maio, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, nas seis regiões metropolitanas foi de R$ 841,00, com queda de 2,9% em relação ao mês anterior, e de 14,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a abril, houve queda no rendimento dos empregados com carteira assinada (R$ 871,80) e sem carteira assinada (R$ 537,80) e ganho no rendimento dos trabalhadores por conta própria (R$ 664,50): -3,0%, -1,3% e 1,2% respectivamente.

A queda no rendimento médio real habitualmente recebido, na comparação maio de 2003/ maio de 2002, foi bem mais acentuada do que a observada na comparação abril de 2003/ abril de 2002. Este comportamento foi verificado com maior intensidade na região Metropolitana de São Paulo.

Na comparação anual a pesquisa confirma a tendência de queda em todas as categorias de ocupação no setor privado, observada desde janeiro de 2003: trabalhadores por conta própria (-22,1%), empregados sem carteira assinada (-12,0%) e empregados com carteira assinada (-8,1%).

Entre março e abril de 2003, houve queda de 2,8% no rendimento médio real efetivamente recebido (R$ 853,41) pelas pessoas ocupadas.

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