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Deral: Plantio de trigo no Paraná tem o menor ritmo em 10 anos

Tempo seco no estado dificulta o plantio, que atingiu apenas 7% da área prevista até o momento

Trigo: Paraná deve semear 1,04 milhão de hectares com trigo no atual ciclo 2017/18, alta de 7% frente ao ciclo anterior (Vincent Mundy/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2018 às 19h20.

O plantio de trigo no Paraná , maior produtor do Brasil, atinge apenas 7 por cento da área, no ritmo mais atrasado para o período em ao menos dez anos, conforme o tempo seco atrapalha as atividades no campo, disse nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral).

As chuvas nas principais áreas do Estado ficaram até 140 milímetros abaixo do normal nos últimos 30 dias, segundo o Thomson Reuters Agriculture Weather Dashboard, algo que também tem prejudicado o desenvolvimento da segunda safra de milho.

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De acordo com o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral, a semeadura, que normalmente começa no fim de março, está bem aquém dos 40 por cento de um ano atrás e do um terço de média para esta época. Trata-se do menor percentual pelo menos desde 2009, considerando-se os registros recentes do departamento.

"A maioria desse trigo que está plantado foi plantado no seco mesmo, à espera de chuvas para poder germinar. Só quando tivermos as chuvas poderemos determinar se está tudo bem ou não. Se tivermos regularidade (nas chuvas), estará tudo resolvido", afirmou Godinho, acrescentando que espera uma concentração de plantio assim que as precipitações voltarem.

Pela previsão do Agriculture Weather Dashboard, as chuvas até 23 de maio no norte, oeste e sul do Paraná devem ficar praticamente dentro da média histórica.

"Se chover pouco, vão germinar algumas sementes, outras não. Isso não seria bom", acrescentou Godinho.

O Paraná deve semear 1,04 milhão de hectares com trigo no atual ciclo 2017/18, alta de 7 por cento frente o anterior, segundo o Deral.

O departamento, vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado, prevê um salto de 48 por cento na produção deste ano, para 3,3 milhões de toneladas, ante 2,2 milhões em 2016/17, quando diversos problemas climáticos, incluindo uma forte geada em julho, prejudicaram as lavouras.

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