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Demissão na Mercedes-Benz provoca greve no ABC paulista

Os demitidos integravam o quadro de cerca de 750 metalúrgicos que há um ano estavam em Lay-off, quando os contratos de trabalho ficam suspensos temporariamente

A unidade de São Bernardo do Campo sofreu um corte de 500 postos de trabalho (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 14h28.

São Paulo - Os metalúrgicos da fábrica da Mercedes-Benz , em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entraram em greve hoje (22) por tempo indeterminado em protesto contra 500 demissões ocorridas, na última sexta-feira (17). Nessa unidade, onde são produzidos caminhões, chassis de ônibus e outras peças automotivas como motores e câmbio, trabalham cerca de 10 mil pessoas.

Segundo a assessoria de imprensa da montadora, a greve não é parcial e parou toda a linha de produção, envolvendo cerca de 4 mil trabalhadores do turno da manhã.

Os demitidos integravam o quadro de cerca de 750 metalúrgicos que há quase um ano estavam em Lay-off, quando os contratos de trabalho ficam suspensos temporariamente.  Por meio de nota, a Mercedes argumentou que o corte foi motivado pela queda da demanda de veículos no mercado. “Essa medida é necessária para a Empresa tentar gerenciar o excedente em sua fábrica, que além de os 750, tem outras 1,2 mil pessoas excedentes”.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, criticou as demissões . “Cada vez que os trabalhadores aceitam o jeito de a empresa gerir o pessoal, hoje falam em 500 companheiros, amanhã podem demitir mais 500 e assim por diante. Não podemos aceitar e a nossa reação será a altura”.

O diretor administrativo do Sindicato, Moisés Selerges, afirmou que o sindicato vai cobrar do governo federal as propostas dos Programas Nacional de Renovação da Frota de Caminhões e o de Proteção ao Emprego. “ Vamos lutar pelo tempo que for necessário”.

De acordo com o último balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) sobre o desempenho mensal da indústria automobilística no Brasil, os licenciamentos de caminhões caíram 29,8% em março deste ano sobre o ano passado e, no acumulado do primeiro trimestre, houve um recuo de 36,6%, totalizando 19,3 mil unidades. A produção teve queda de 49,3% .

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Segundo a assessoria de imprensa da montadora, a greve não é parcial e parou toda a linha de produção, envolvendo cerca de 4 mil trabalhadores do turno da manhã.

Os demitidos integravam o quadro de cerca de 750 metalúrgicos que há quase um ano estavam em Lay-off, quando os contratos de trabalho ficam suspensos temporariamente.  Por meio de nota, a Mercedes argumentou que o corte foi motivado pela queda da demanda de veículos no mercado. “Essa medida é necessária para a Empresa tentar gerenciar o excedente em sua fábrica, que além de os 750, tem outras 1,2 mil pessoas excedentes”.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, criticou as demissões . “Cada vez que os trabalhadores aceitam o jeito de a empresa gerir o pessoal, hoje falam em 500 companheiros, amanhã podem demitir mais 500 e assim por diante. Não podemos aceitar e a nossa reação será a altura”.

O diretor administrativo do Sindicato, Moisés Selerges, afirmou que o sindicato vai cobrar do governo federal as propostas dos Programas Nacional de Renovação da Frota de Caminhões e o de Proteção ao Emprego. “ Vamos lutar pelo tempo que for necessário”.

De acordo com o último balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) sobre o desempenho mensal da indústria automobilística no Brasil, os licenciamentos de caminhões caíram 29,8% em março deste ano sobre o ano passado e, no acumulado do primeiro trimestre, houve um recuo de 36,6%, totalizando 19,3 mil unidades. A produção teve queda de 49,3% .

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