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Crise leva consumo a extremos de valor, diz estudo

Estudo da dunnhumby com 700 consumidores mostra que com a crise, ganham as marcas nos extremos de valor: as mais baratas e as mais caras

Pessoas em supermercado: brasileiro economiza em alguns produtos para esbanjar em outros (Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 18h30.

São Paulo - A crise econômica favorece as marcas que ficam nos dois extremos do espectro de valor: as mais baratas e as mais caras, deixando para trás aquelas no meio do caminho.

A conclusão é da multinacional inglesa dunnhumby, que entrevistou 700 brasileiros e analisou seu consumo em 6 categorias.

O cenário de crise levou dois terços dos consumidores a visitarem mais supermercados em busca do melhor preço, e 80% começaram a economizar em alguns produtos para poder manter o padrão no que consideram mais importante.

Para 30%, salgadinhos e doces são os primeiros a serem riscados da lista. Em seguida vem sobremesas e congelados, como hambúrguer e lasanha.

Os consumidores estão mais dispostos a trocar de marca para economizar em produtos de limpeza, higiene e perfumaria, além de massas, molhos e condimentos. 27% já mudaram de marca de shampoo e condicionador.

Recentemente, outra pesquisa da dunnhumby mostrou que os brasileiros muitas vezes preferem escolher embalagens menores ou uma marca de menor preço e qualidade para não precisar abrir mão da compra de alguns supérfluos.

É o cliente "econômico extravagante", uma adaptação da expressão em inglês "save and splurge". O comportamento acontece em todas as classes sociais, ainda que em graus e com trocas diferentes.

A maior fidelidade à marca é no segmento da cerveja : 81% dos entrevistados dzem que preferem diminuir o consumo sem mudar de marca ao invés de migrar para alternativas mais baratas.

A crise mexeu com os hábitos do brasileiro. 56% dizem que diminuíram o consumo de cerveja em bares e restaurantes e 40% passaram a tomar mais em casa para economizar.

A decisão faz sentido: no acumulado de 2015 entre janeiro e agosto, o preço da cerveja em domicílio caiu -0,2%, enquanto o da cerveja fora de domicílio subiu 7,1%, informou recentemente a CervBrasil.

Isso deixou a inflação final da cerveja em 4,5% entre janeiro e agosto - abaixo do IPCA geral (7,1%) e da categoria Alimentos e Bebidas (7,3%) no mesmo período.

São Paulo - O modo de fazer negócio não será o mesmo nos próximos cinco anos. Grandes tendências estão mudando o padrão de consumo e comportamento das marcas .  Novas tecnologias, apps, realidade virtual, economia solidária: tudo isso está promovendo grande impacto no mercado. O site Mashable conversou com especialistas do Young Entrepreneur Council (YEC). Cada um dos 11 líderes listou alguma tendência-chave no comportamento dos consumidores e no campo da tecnologia. Confira, na galeria de imagens, o que vem pela frente:
  • 2. 1. O varejo irá focar no serviço

    2 /13(Getty Images)

  • Veja também

    Tudo pode ser comprado online e essa realidade só vai aumentar. Assim, o varejo deverá fazer o mesmo ao vender serviços. Restaurantes, spas, casas de show: tudo poderá e deverá ser vendido pela internet. (Michael Portman, do Birds Barbershop)
  • 3. 2. As empresas usarão mais as mensagens de texto

    3 /13(william87/Thinkstock)

  • O "texting" - mandar uma mensagem de texto, seja por WhatsApp, SMS ou outro serviço - será cada vez mais comum para empresas se comunicarem com seus clientes. E-mails estão sendo cada vez menos usados. Vendas, acordos, avisos: tudo poderá ser resolvido com uma breve e prática mensagem de texto. Essa tendência ainda atrairá mais jovens consumidores e trabalhadores para a companhia. (Drew Gurley, do Redbird Advisors)
  • 4. 3. A comunicação visual será a melhor maneira de comunicar

    4 /13(Reprodução/YouTube)

    O consumidor, em média, presta atenção em alguma coisa por apenas cinco segundos (menos que um peixinho dourado de aquário, que tem atenção de nove segundos). Isso aliado a um mundo onde milhares de marcas brigam por espaço para suas informações. Assim, a melhor forma de se destacar no barulho é se valer das imagens e da comunicação visual. Aliás, um estímulo visual chega ao cérebro 60 mil vezes mais rápido que um estímulo de texto. Além disso, 90% das informações que retemos é visual. (Amy Balliett, do Killer Infographics).
  • 5. 4. A habilidade de ser autêntico será valorizada

    5 /13(Divulgação/Porsche)

    Nos últimos tempos, tudo parece igual em termos de produtos e consumo. Carros, celulares, tablets, franquias... É como se quisessem se parecer com seus competidores. Mas a habilidade de ser autêntico e único voltará com tudo. O produto ou serviço entregue de maneira exemplar e única atrairá os consumidores. (Souny West, do CHiC Capital)
  • 6. 5. Pagamentos via celular mais comuns

    6 /13(Divulgação/MasterCard)

    O pagamento via mobile já evoluiu com bons apps de eBay, Amazon, PayPal e outros. Agora, a tendência é melhorar e expandir o serviço com chaves de segurança e proteção de informações. Programas como Apple Pay e CurrentC já permitem comprar qualquer coisa usando o smartphone. Talvez eles substituam os cartões de crédito em cinco anos. (Anthony Johnson, do American Injury Attorney Group)
  • 7. 6. Consumo e economia serão compartilhados

    7 /13(Divulgação/ Panasonic)

    A tendência é que cada vez mais as pessoas busquem serviços e produtos compartilhados. Locais de trabalho e habitação, carros e caronas, pequenos eletrônicos: a economia compartilhada estará presente em todos os aspectos da vida. Isso mudará o modo de consumo, substituindo muitos "compra e venda" por "aluga-se". (Andrew Schrage, do Money Crashers Personal Finance)
  • 8. 7. O consumo de serviços B2B irá aumentar

    8 /13(ThinkStock/milosducati)

    Grandes líderes, empresários e empreendedores já trabalham com apps e serviço de consumo. Agora, eles irão atrás das tecnologias que permitam o mesmo acesso para os serviços B2B (Business to Business, que se refere a um espaço de troca e venda direta entre empresas). (Elliot Tomaeno, do Astrsk PR)
  • 9. 8. Sites responsivos serão mais populares

    9 /13(.)

    Os empresários precisarão perceber que a experiência do consumidores no site (seja no desktop, seja no mobile) será cada vez mais importante e irá impactar diretamente na sua percepção ou atitude diante da marca. Assim, sites responsivos e criativos serão essenciais para atrair pessoas, não afastá-las. (Jayna Cooke, do EVENTup)
  • 10. 9. O consumo do dia a dia será digital

    10 /13(.)

    Com a popularização dos smartphones, o consumo do dia a dia será digital. Limpar a casa, pedir o almoço, arrumar o carro: tudo será feito no mundo virtual. (Vishal Shah, do NoPaperForms)
  • 11. 10. O foco será a privacidade

    11 /13(Chris Jackson/EXAME.com)

    Os consumidores estarão cada vez mais preocupados com a privacidade: nos pagamentos, nas transações, nas buscas por produtos e serviços. Poucos querem que as empresas tenham todas as suas informações depois de comprar ou pesquisar por algo. Aumentará a procura por sites, apps e outras ferramentas para deixar tudo mais discreto e confidencial. (Nick Reese, do BroadbandNow)
  • 12. 11. A realidade virtual será uma plataforma

    12 /13(Tobias Schwarz/AFP)

    Por enquanto, há três plataformas para as marcas trabalharem na era da informação: computadores, mobiles e a Internet. Em breve, a realidade virtual entrará nessa lista. Logo, comerciais e anúncios poderão trabalhar com ferramentas que utilizam a realidade virtual, como o Oculus Rift. (Sathvik Tantry, do FormSwift)
  • 13. Veja agora o que significam os nomes de 15 marcas

    13 /13(Getty Images)

  • Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicasCervejasConsumidoresConsumoCrise econômicaCrises em empresasMarcas

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