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Crescimento global ganha força

Banco avalia que 2004 terá crescimento sustentado nos EUA e na Ásia, impulsionando América Latina; Europa terá retomada mais lenta

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

A retomada do crescimento global está impulsionando o impacto de boas políticas econômicas sobre a melhoria de fundamentos no Brasil. A avaliação é do CSFB, em seu relatório especial. Para o banco, este cenário sustenta o otimismo atual vivido pelos mercados financeiros brasileiros. "Diante de uma recuperação global acompanhada por baixas taxas de juros, a atual onda de otimismo nos ativos associados ao Brasil pode se prolongar, em particular caso o crescimento do PIB brasileiro confirme a retomada esperada para o quarto trimestre deste ano", diz o relatório.

O banco revisou a sua perspectiva de crescimento global para 2003 de 2,7% para 3%, e para 2004, de 3,7% para 3,8%. O crescimento esperado dos EUA em 2003, que vem de uma política fiscal fortemente expansionista e da retomada do investimento de empresas, é de 2,6% e em 2004, de 3,9%. O Japão é a surpresa mais recente na retomada global nos números do CSFB. A estimativa é de que o país cresça 2,1% este ano, contra 1,2% anteriormente. O crescimento americano ainda é, porém, muito inferior ao de antes dos ataques de 11 de setembro de 2001, da guerra do Iraque e do estouro da bolha das empresas de tecnologia, quando o país crescia a taxas de 3% por trimestre.

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"Se nossa previsão se confirmar, o ano de 2004 será o primeiro ano desde 2000 em que o mundo mostrará um crescimento acima do potencial", diz o relatório.

Nesta semana, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revisou para cima a sua estimativa de crescimento do PIB mundial para o trimestre: 0,5%, contra uma alta de apenas 0,3% em todo o primeiro semestre. Para os Estados Unidos, o organismo estimou uma expansão do PIB de 0,8% - acima das previsões de 0,4% no primeiro trimestre. Já o PIB do Japão avançou 1% no segundo trimestre, seguindo uma alta de 0,6% nos primeiros três meses do ano. É o crescimento mais alto registrado pela OCDE para as principais economias mundiais.

O CSFB avalia que a expectativa de crescimento maior nos EUA e na Ásia pode favorecer a América Latina. "O melhor balanceamento viria da recuperação do investimento privado, o que, junto a um maior crescimento de exportações nos EUA e na Europa, indicaria uma demanda global menos dependente do consumo privado americano." O banco ressalta, entretanto, que a crise do desemprego americano, ao desaquecer a demanda, ainda pode minar este crescimento.

Europa mais devagar

Já a Europa parece continuar em trajetória de recuperação muito lenta. A projeção do banco para a região se manteve inalterada: 0,7% neste ano e 2% em 2004. A OCDE previu para este trimestre um crescimento negativo de 0,1%.

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