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Cresce inadimplência nos financiamentos aos idosos

No mês de outubro, total de endividados na faixa etária entre 85 e 94 anos cresceu 10,53% na comparação com o mesmo mês do ano passado

Total de endividados na faixa etária entre 85 e 94 anos cresceu 10,53% em outubro na comparação com o mesmo mês em 2013 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Publicas/Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 13h53.

Brasília - Impulsionados pela facilidade do crédito consignado, os idosos estão se tornando cada vez mais inadimplentes .

De acordo com dados do Indicadores Econômicos do Serviço de Proteção ao Crédito ( SPC Brasil), divulgados hoje (10), no mês de outubro o total de endividados na faixa etária entre 85 e 94 anos cresceu 10,53% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já entre os mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, houve uma redução do número de endividados de 8,04% em igual período.

De acordo com o SPC, também houve crescimento de 7,18% no total de endividados com idade entre 65 e 84 anos.

“Do lado dos mais velhos, vemos uma população que está se bancarizando recentemente e que tem acesso a novos instrumentos de empréstimos, como por exemplo, o consignado. É um instrumento relativamente novo para uma população que não estava acostumada a lidar com isso e acaba se enroscando. A gente sabe que o consignado, às vezes, se torna uma armadilha porque o idoso compromete boa parte da sua renda”, argumentou a economista chefe do SPB, Marcela Kawauti.

A redução do percentual de endividados em relação à população mais jovem é explicada pelo fato de que os jovens brasileiros têm demorado mais tempo a deixar a casa dos pais e começar efetivamente a vida adulta.

“O que acontece é que os mais jovens são aqueles que estão demorando mais a entrar no mercado de trabalho e na vida adulta de fato. Demoram mais a se casar, ficam estudando por mais tempo e, portanto, tomam dívidas grandes de maneira menor do que no passado. Também vemos pessoas adiando a compra de apartamento”, disse Kawauti.

Na comparação entre setembro e outubro de 2014, o número de inadimplentes na faixa etária entre 85 e 94 anos cresceu 1,64%.

Na faixa etária entre 65 e 84 anos, subiu 1,84%. E, na faixa de 18 a 24 anos caiu 0,35%.

Em relação à participação no total de inadimplentes no país, encabeçam a lista de devedores as pessoas entre 30 e 50 anos de idade.

“O crescimento [do total de inadimplentes] é maior entre as pessoas de mais idade, mas a participação no total de dívidas é ainda maior para as pessoas entre 30 e 50 anos.

Isso tem [que] ver com o ciclo de vida. É uma época em que as pessoas têm filhos, compram apartamentos, é têm mais dívidas e, portanto, maior participação na inadimplência”, explicou a economista do SPC.

Ao todo, no mês de outubro deste ano, as pessoas com idade entre 30 e 39 anos correspondiam a 26,85% dos endividados, enquanto na faixa etária entre 40 e 49 representavam 19,37%.

Os idosos, com idade entre 85 e 94 anos, somavam 0,96%. Os jovens entre 18 e 24 anos correspondem a 10,30% do total de inadimplentes.

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De acordo com dados do Indicadores Econômicos do Serviço de Proteção ao Crédito ( SPC Brasil), divulgados hoje (10), no mês de outubro o total de endividados na faixa etária entre 85 e 94 anos cresceu 10,53% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já entre os mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, houve uma redução do número de endividados de 8,04% em igual período.

De acordo com o SPC, também houve crescimento de 7,18% no total de endividados com idade entre 65 e 84 anos.

“Do lado dos mais velhos, vemos uma população que está se bancarizando recentemente e que tem acesso a novos instrumentos de empréstimos, como por exemplo, o consignado. É um instrumento relativamente novo para uma população que não estava acostumada a lidar com isso e acaba se enroscando. A gente sabe que o consignado, às vezes, se torna uma armadilha porque o idoso compromete boa parte da sua renda”, argumentou a economista chefe do SPB, Marcela Kawauti.

A redução do percentual de endividados em relação à população mais jovem é explicada pelo fato de que os jovens brasileiros têm demorado mais tempo a deixar a casa dos pais e começar efetivamente a vida adulta.

“O que acontece é que os mais jovens são aqueles que estão demorando mais a entrar no mercado de trabalho e na vida adulta de fato. Demoram mais a se casar, ficam estudando por mais tempo e, portanto, tomam dívidas grandes de maneira menor do que no passado. Também vemos pessoas adiando a compra de apartamento”, disse Kawauti.

Na comparação entre setembro e outubro de 2014, o número de inadimplentes na faixa etária entre 85 e 94 anos cresceu 1,64%.

Na faixa etária entre 65 e 84 anos, subiu 1,84%. E, na faixa de 18 a 24 anos caiu 0,35%.

Em relação à participação no total de inadimplentes no país, encabeçam a lista de devedores as pessoas entre 30 e 50 anos de idade.

“O crescimento [do total de inadimplentes] é maior entre as pessoas de mais idade, mas a participação no total de dívidas é ainda maior para as pessoas entre 30 e 50 anos.

Isso tem [que] ver com o ciclo de vida. É uma época em que as pessoas têm filhos, compram apartamentos, é têm mais dívidas e, portanto, maior participação na inadimplência”, explicou a economista do SPC.

Ao todo, no mês de outubro deste ano, as pessoas com idade entre 30 e 39 anos correspondiam a 26,85% dos endividados, enquanto na faixa etária entre 40 e 49 representavam 19,37%.

Os idosos, com idade entre 85 e 94 anos, somavam 0,96%. Os jovens entre 18 e 24 anos correspondem a 10,30% do total de inadimplentes.

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