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Corte em salários de servidores poderia garantir renda a 55 milhões

Proposta de grupo de economistas tem intenção de atender adultos que não têm emprego formal, nem são beneficiários de programas de assistência

Pobreza: custo estimado para alcançar desassistidos é de R$ 11 bilhões por mês (REUTERS | Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de março de 2020 às 07h26.

Última atualização em 26 de março de 2020 às 07h37.

A redução de 30% no salário de servidores federais, estaduais e municipais seria suficiente para bancar um programa de renda mínima para 55 milhões de brasileiros. É o que conclui estudo do economista Matheus Garcia, associado do Movimento Livres, que tem entre os integrantes economistas de viés liberal como a ex-diretora do BNDES Elena Landau e o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida.

A ideia é sugerir um programa que ampare a população que vai ficar sem renda com a pandemia do coronavírus, mas que tenha o menor impacto fiscal possível. "Nossa ideia é mostrar que dá para fazer um programa de renda básica, mas alguém tem que pagar. Viemos de uma situação fiscal difícil, a ideia é mostrar alternativas para o país não sair tão fragilizado dessa crise", afirmou.

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A proposta já chamou a atenção de parlamentares e deverá ser apresentada como projeto no Congresso Nacional até a próxima semana. Já há no Congresso projetos que preveem a redução de salário do funcionalismo para fazer frente à crise do coronavírus e o presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia defendeu a contribuição de todos os poderes.

O plano de Garcia foi chamado de "CoronaMarshal", em uma referência ao plano norte-americano para reconstruir os países afetados pela Segunda Guerra Mundial. A intenção é atender 55 milhões de brasileiros adultos que não têm emprego formal, não recebem aposentadorias nem são beneficiários de programas de assistência social, como o Bolsa Família.

O custo estimado para alcançar esse público é de R$ 11 bilhões por mês com o pagamento de R$ 200. Um programa de R$ 300 custaria R$ 17 bilhões por mês. Na semana passada, o governo propôs um programa de auxílio para informais de R$ 200, mas, segundo fontes, o valor pode subir para R$ 300 por mês.

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