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Coronavírus: China corta 80% da capacidade e tomba em ranking de aviação

Projetado para ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior do mundo, setor chinês caiu do terceiro para o 25º, atrás de Portugal

Aeroporto internacional de Hong Kong em 17 de fevereiro de 2020. Foro: : Paul Yeung/Bloomberg via Getty Images (Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)

Ligia Tuon

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 18h52.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2020 às 18h57.

O mercado de aviação da China , projetado para ultrapassar os Estados Unidos nesta década e se tornar o maior do mundo, encolheu tanto devido ao surto de coronavírus que caiu do terceiro para o 25º lugar, atrás de Portugal.

Companhias aéreas reduziram capacidade por causa da epidemia que teve origem na província de Hubei, o que abalou o setor. Cerca de 1,7 milhão de assentos - quase 80% da capacidade - foram eliminados dos serviços chineses entre 20 de janeiro e 17 de fevereiro por companhias aéreas globais, de acordo com a OAG Aviation Worldwide. Enquanto isso, companhias aéreas chinesas reduziram 10,4 milhões de assentos no mercado interno.

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“Não lembramos de nenhum evento com um efeito tão devastador na capacidade como o coronavírus”, disse John Grant, analista sênior da OAG, em relatório. “Sob muitos aspectos, destaca a importância do mercado chinês para a aviação e a rápida globalização dos serviços aéreos com o surgimento de novos mercados e viajantes.”

crise de capacidade: surto de coronavírus afeta capacidade de vôo internacional da China (Divulgação/Bloomberg)

Muitas companhias aéreas suspenderam voos para a China em uma tentativa de conter o vírus, que matou quase 1,9 mil pessoas no país e infectou mais de 72 mil. O número total de assentos da China para Hong Kong e Taiwan caiu em 250 mil em cinco semanas, enquanto as três principais companhias aéreas do país reduziram a capacidade internacional entre 80% e 90%, segundo a OAG.

Após os cortes, a China Southern Airlines opera apenas cerca de 800 assentos a mais em rotas internacionais do que a Air Astana, do Cazaquistão, enquanto a China Eastern Airlines está logo à frente da Tunis Air, escreveu Grant. Ambas as operadoras chinesas reduziram a capacidade em mais de 200 mil assentos por semana por causa do vírus, segundo a OAG.

“Os danos a algumas companhias aéreas e o impacto a longo prazo em seu crescimento podem durar além do vírus”, disse Grant.

--Com a colaboração de Matt Turner.

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