Economia

Copom vê menos riscos em 2004;graças à política monetária

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que o risco de descumprimento da meta de inflação de 2004 diminuiu entre fevereiro e março. De acordo com a ata da última reunião, que aconteceu dias 16 e 17/3, a desaceleração - apontada pelo principal índice inflacionário é resultado "das decisões recentes da política […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que o risco de descumprimento da meta de inflação de 2004 diminuiu entre fevereiro e março. De acordo com a ata da última reunião, que aconteceu dias 16 e 17/3, a desaceleração - apontada pelo principal índice inflacionário é resultado "das decisões recentes da política monetária".

Foi consenso durante a reunião que a condução da política de juros foi decisiva para tornar o cenário mais favorável e para trazer de volta sinais mais consistentes de retomada sustentada do crescimento econômico já em 2004. "Em particular, a atuação da política monetária foi decisiva para reverter um ambiente que se apresentava propício, no início do ano, a que setores líderes do processo de retomada pressionassem por aumentos de preços na expectativa de que as condições de demanda viessem a absorver tais aumentos."

As expectativas para a evolução dos preços ao consumidor em março, portanto, são de continuidade de desaceleração. O comitê acredita que a variação da inflação oficial - medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA - deverá mostrar esse movimento, acompanhando a tendência dos preços dos alimentos e refletindo o esgotamento do impacto do reajuste das mensalidades escolares.

Os preços no atacado se mostra, na avaliação dos integrantes do comitê, o principal risco para a inflação ao consumidor nos próximos meses. O Copom vê pressão dos preços cobrados pela indústria ao varejo. Parte considerável do aumento da inflação no atacado nos últimos meses pode ser explicada por choques de oferta, provocados, por exemplo, pela mudança de alíquota e de incidência da Cofins ao longo das cadeias produtivas e o aumento do preço internacional de algumas commodities e insumos intermediários. Vale lembrar que o preço no atacado é um dos que compõem o IPCA.

De acordo com a ata do Copom, três integrantes do comitê votaram pela manutenção da taxa de juros em 16,5% ao ano. A taxa de 16,25%, sem viés, ganhou com seis votos.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 13 e 14/4. 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Novos dados aumentam confiança do Fed em desaceleração da inflação, diz Powell

Lula pede solução de contradições de europeus para acordo com Mercosul

Crescimento econômico da China desaponta e pressiona Xi Jinping

Prévia do PIB: IBC-Br sobe 0,25% em maio, após estabilidade em abril

Mais na Exame