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Copom se reúne hoje sob pressão do câmbio

No ano, até segunda-feira, o dólar à vista teve alta de 12,83%, com a cotação saltando de R$3,32 para R$3,74

Banco Central inicia nesta terça-feira, 19, sua reunião de política monetária de dois dias em meio ao dilema de aumentar ou não os juros após a disparada do dólar (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2018 às 09h11.

Brasília - O Banco Central inicia nesta terça-feira, 19, sua reunião de política monetária de dois dias em meio ao dilema de aumentar ou não os juros após a disparada do dólar. Pelas comunicações mais recentes da instituição, a tendência é de que a Selic (a taxa básica de juros) permaneça em 6,5% ao ano, mas o BC já deixou claro que sua decisão será tomada só na reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ), que termina na quarta-feira, 20, à noite.

O Projeções Broadcast consultou 49 instituições financeiras e todas esperam que o Copom - formado pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, e pelos oito diretores da instituição - mantenha a Selic no atual patamar, que é o menor nível da história.

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O problema é que os preços dos ativos negociados no mercado financeiro sugerem que a decisão pode ser diferente. Na B3, a Bolsa de São Paulo, os contratos futuros de juros indicavam na tarde de ontem 41% de probabilidade de o BC elevar a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 6,75% ao ano, ante 59% de chance de manutenção em 6,5%.

As dúvidas em torno dos passos do BC estão ligadas ao avanço do dólar ante o real. No ano, até segunda-feira, o dólar à vista teve alta de 12,83%, com a cotação saltando de R$ 3,32 para R$ 3,74. Do encontro anterior do Copom, em 16 de maio, até agora, a moeda americana subiu 1,78%.

O aumento do dólar é justificado em parte pelo cenário externo, onde a alta de juros nos EUA faz a moeda subir ante as demais divisas. Para piorar, há o mal-estar dos investidores com a corrida eleitoral, que tem na liderança das pesquisas nomes como os do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE). A visão é de que Bolsonaro e Ciro colocam em dúvida a continuidade das reformas econômicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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