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Contingenciamento não será concentrado em área específica, diz Meirelles

Meirelles acrescentou que caberá ao ministério do Planejamento definir a distribuição dos cortes "da maneira mais justa possível"

Henrique Meirelles: "Estamos negociando para ver quantos setores serão retirados da lista da reoneração e, portanto, quanto será a perda se comparada com o previsto" (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2018 às 19h36.

São Paulo - O ministro da Fazenda , Henrique Meirelles , disse nesta quinta-feira, 22, que o contingenciamento adicional de R$ 2,64 bilhões, anunciado hoje pelo governo, será distribuído entre os ministérios, sem se concentrar numa área específica.

"São diversas contas e diversos ministérios. Não é algo concentrado em uma área especifica", afirmou o titular da Fazenda ao ser questionado sobre quais pastas seriam mais afetadas pelo bloqueio em entrevista rápida dada após participação num encontro com empresários da indústria têxtil na capital paulista.

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Meirelles acrescentou que caberá ao ministério do Planejamento definir a distribuição dos cortes "da maneira mais justa possível".

Embora os recursos que seriam trazidos pela matéria tenham sido retirados do Orçamento, o ministro disse que o governo ainda conta com a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamento das empresas. A negociação em torno dessa matéria se dá agora em quantos setores serão excluídos da medida, informou.

Meirelles comentou que o texto atual do relator do projeto, o deputado Orlando Silva (PCdoB), traz uma lista "enorme" de setores retirados da reoneração. A intenção do governo, disse o ministro, é diminuir o número, mas ele adiantou que, mesmo assim, a arrecadação será menor do que a prevista no projeto encaminhado inicialmente pelo governo ao Congresso.

"Estamos negociando para ver quantos setores serão retirados da lista da reoneração e, portanto, quanto será a perda se comparada com o previsto", declarou o ministro.

Essa perda, contudo, já está contemplada no contingenciamento anunciado hoje, assinalou Meirelles, acrescentando que outras questões levaram à necessidade de bloqueio. No caso, citou a privatização da Eletrobras e a intervenção federal no Rio de Janeiro.

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