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Contas públicas ficam negativas em R$ 22 bilhões em agosto

Resultado negativo de R$ 22 bilhões é o pior para meses de agosto em toda a série histórica do Banco Central, iniciada em 2001

Déficit público: governo central teve resultado negativo em R$ 22,1 bilhões, enquanto estados e municípios perderam R$ 653 milhões (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2016 às 11h25.

Brasília - O setor público brasileiro teve déficit de 22,267 bilhões de reais em agosto, dado mais fraco para o mês na série histórica iniciada pelo Banco Central em dezembro de 2001, num retrato da contínua deterioração das contas públicas num ambiente de queda das receitas e despesas sob forte pressão.

A performance de agosto também frustrou expectativas de analistas de um déficit mais baixo, de 18,5 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters.

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No mês, o resultado primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) ficou negativo em 22,143 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios tiveram déficit de 653 milhões de reais. Já as empresas estatais registraram um superávit de 529 milhões de reais.

De janeiro a agosto, o déficit do setor público consolidado somou 58,859 bilhões de reais, bem acima do resultado negativo em 1,105 bilhão de reais de igual período do ano passado.

Em 12 meses, o rombo foi a 2,77 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), somando 169,003 bilhões de reais e já superando o alvo fiscal estabelecido para o ano.

Isso ocorreu porque a cifra incorpora os dados dos últimos meses de 2015, quando houve impacto expressivo do pagamento das chamadas pedaladas fiscais em dezembro.

Em 2016, a meta é de um déficit de 163,9 bilhões de reais para o setor público consolidado, correspondente a 2,6 por cento do PIB. Se confirmado, este será o pior resultado das contas públicas da história, e o terceiro consecutivo no vermelho.

Como consequência dos dados negativos, o endividamento público segue em trajetória de alta. Em agosto, a dívida líquida passou a 43,3 por cento do PIB, contra estimativa de 43,2 por cento em pesquisa da Reuters e um resultado de 42,5 por cento em julho.

Por sua vez, a dívida bruta cresceu a 70,1 por cento do PIB, ante 69,6 por cento no mês anterior.

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