Conta de luz mais barata? Aneel aprova consulta sobre redução de até 36,9% nas bandeiras tarifárias
A área técnica da agência propôs redução em todos os patamares do sistema de bandeiras tarifárias
Redação Exame
Publicado em 22 de agosto de 2023 às 14h08.
Última atualização em 22 de agosto de 2023 às 14h16.
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) aprovou nesta terça-feira, 22, a abertura de consulta pública para discutir aredução de até 36,9% dos valores das bandeiras tarifárias, taxa adicional cobrada na conta de luz a depender das condições de geração de energia no Brasil.
A área técnica da agência propôs redução em todos os patamares do sistema de bandeiras tarifárias. O parecer embasou o voto apresentado pelo relator do processo, diretor Fernando Mosna, no período da manhã desta terça.
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Pela proposta, a bandeira amarela terá uma redução de 36,9%, passando de R$ 2,989 para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Já a bandeira vermelha 1 passaria de R$ 6,500 para R$ 4,.463, uma redução de 31,3%. E a bandeira vermelha 2 de R$ 9,795 para R$ 7,877, uma diferença de 19,6%. Os percentuais podem ser alterados após análise das contribuições encaminhadas à Aneel durante a consulta pública.
O órgão regulador irá receber sugestões e contribuições sobre o tema entre 23 de agosto e 6 de outubro. Após essa fase, o assunto retorna para discussão no colegiado. Segundo a Aneel, caso seja aprovada, a medida será possível graças ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável no país e aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional.
O que significa bandeira verde na conta de luz?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015, com objetivo de sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia no Brasil. Por outro lado, a medida também atenua os efeitos no orçamento das distribuidoras de energia.
O sistema é composto de quatro patamares. A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia elétrica está baixo. Esse é o patamar que está em vigor desde abril do ano passado, devido aos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
- Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03971 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
- Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
A expectativa da agência é que esse cenário seja mantido até o final do ano, a partir dos dados disponíveis. Já o acionamento das bandeiras amarela e vermelhas 1 e 2 representa um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente a condições menos favoráveis de geração.