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Consumidor prioriza preço em tempos de custos altos para o varejo

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) divulgou hoje um resumo da pesquisa realizada em parceria com o Instituto AC Nielsen para identificar quais são os principais fatores que influenciam o consumidor a eleger um ou outro supermercado como seu. O estudo ouviu 320 pessoas da capital paulista e de Ribeirão Preto, no interior do Estado. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) divulgou hoje um resumo da pesquisa realizada em parceria com o Instituto AC Nielsen para identificar quais são os principais fatores que influenciam o consumidor a eleger um ou outro supermercado como seu. O estudo ouviu 320 pessoas da capital paulista e de Ribeirão Preto, no interior do Estado.

De acordo com a pesquisa, o fator determinante na escolha do supermercado ficou por conta do preço das mercadorias. Numa escala de zero a 100, os consumidores deram nota 90 quando questionados sobre o preço dos produtos. A qualidade e variedade oferecida pelos supermercados foi o segundo fator responsável pela escolha do consumidor. Em seguida ficaram: atendimento, promoção, localização, outros serviços (como bancos e lanchonetes) e o aspecto interior da loja.

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No quesito preço, os consumidores entrevistados disseram que a oferta de preços baixos é o fator mais importante na hora de escolher um supermercado. Em seguida, avaliaram a facilidade do pagamento e aceitação de cartão de crédito como vantagens diferenciais. Já em relação à qualidade e variedade de produtos, o mais importante para os consumidores é encontrar nas prateleiras os itens que eles precisam. Na mesma escala de zero a 100, a oferta do produto que supra a necessidade do consumidor atingiu a nota 89. A qualidade dos produtos ficou em segundo lugar na exigência dos entrevistados. Por fim, quando questionados sobre o atendimento nas lojas, o fator mais apreciado foi a rapidez dos caixas, seguido da simpatia dos funcionários e da disponibilidade dos profissionais em esclarecer dúvidas.

Para João Carlos Lazzarini, diretor da AC Nielsen, o grande desafio para o empresário é buscar a diferenciação por meio de um valor reconhecido como importante pelo consumidor. "O dono do supermercado deve avaliar como ele está posicionado dentre os itens que o consumidor considera importante", diz Lazzarini. "A partir daí, ele pode armar sua estratégia e se destacar do concorrente."

Em marcha lenta

A situação do setor varejista não está nada boa e os sinais de recuperação estão demorando a aparecer. Essa a visão de Sussumo Honda, presidente da APAS. "Estamos vivendo o reflexo do mercado enxuto", diz Honda. "A demanda está muito fraca, muito aquém do esperado."

Até o mês de abril - considerado o segundo natal dos varejistas - deixou (e muito) a desejar. "Achávamos que haveria uma recuperação no mês passado, mas não tivemos evolução nas vendas", diz Honda. "Até em tonelagens de ovos de páscoa ficamos atrás do ano passado." Segundo Honda, mercadorias cuja matéria-prima é derivada do petróleo (como os produtos de higiene e limpeza) ou têm os preços atrelados a dólar começam a sofrer queda de preços nas tabelas, chegando mais baratos nas prateleiras dos supermercados. Mesmo assim, não há uma aposta de recuperação rápida do setor. A expectativa é que a situação comece a melhorar somente no final do ano, quando os reflexos de uma possível redução na taxa de juros atingirem a ponta do consumo. "Não podemos dizer estamos satisfeitos com a manutenção da taxa pelo Copom", diz Honda. "Nós sentimos na pele o reflexo dos juros nos nossos negócios, mais precisamente na queda das vendas."

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