Construtoras garantem ressarcimento a vítimas de acidente no metrô de SP

As construturas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, integrantes do Consórcio Via Amarela e responsáveis pelas obras de construção da futura Linha 4 do Metrô de São Paulo, asseguraram que serão ressarcidas todas as despesas das famílias retiradas de suas casas por conta do acidente acontecido nesta sexta-feira no trecho da Estação Pinheiros (12/1). "Às famílias que tiveram suas casas danificadas pelo sinistro, o Consórcio Via Amarela assegura o ressarcimento integral do imóvel e seus pertences", afirmaram as empresas, em nota. De acordo com o consórcio, o total das indenizações ainda não foi estimado.

A obra está segurada por uma apólice de 1,3 bilhão de reais do Unibanco AIG, que deve arcar com todas as despesas com hotéis e ressarcimento de imóveis e bens. A seguradora preferiu não se pronunciar e diz ainda não ter estimado o valor total das indenizações.

O acidente nas obras ocorreu por volta das 15 horas da sexta-feira, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Um desmoronamento, cujas causas ainda estão sendo estudadas pelas construtoras e por consultores, destruiu parcialmente o canteiro de obras da Estação Pinheiros e engoliu parte de uma rua vizinha. O acidente deixou pelo menos duas vítimas: a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos, que passava pelas proximidades da obra no momento do desmoronamento, e outra mulher, ainda não identificada. O corpo da aposentada foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (15/1). Já o segundo corpo, retirado de um microônibus que caiu na cratera com o desmoronamento, foi descoberto na tarde desta segunda-feira. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil continuam as buscas à procura de novas vítimas e tentam resgatar o microônibus, onde estariam ainda o motorista, um cobrador e um número desconhecido de passageiros.

Pelo menos quarenta famílias foram evacuadas da área de equipes de assistência social do Consórcio Via Amarela e encaminhadas a hotéis da região, para que os bombeiros e a Defesa Civil avaliem os danos causados pelo acidente na região. Imóveis, como casas e um estacionamento, tiveram de ser demolidos por conta do abalo. No total, 55 imóveis da região estão interditados por conta do acidente.