Pessoas esperam em fila de distribuição de alimentos doados por empresas locais a famílias carentes no Chelsea, bairro de Nova York (EUA), em 14 de abril de 2020 (Erin Clark para o Boston Globe/Getty Images)
Ligia Tuon
Publicado em 15 de abril de 2020 às 12h59.
Última atualização em 15 de abril de 2020 às 22h35.
Dois congressistas americanos apresentaram um projeto de lei à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos nesta semana para ampliar a ajuda aos cidadãos do país durante a pandemia do coronavírus.
Os representantes democratas Tim Ryan e Ro Khanna pedem para que o governo contemple com o valor mensal de US$ 2 mil cidadãos americanos maiores de 16 anos e que ganhem menos que 130 mil por ano.
O benefício seria entregue durante seis meses ou até que o desemprego volte a níveis pré-pandemia no país.
Há alguns dias, o governo dos EUA começou a pagar a cidadãos com renda anual de até US$ 75 mil um cheque único de US$ 1.200 (com US$ 500 adicionais por criança). Quem recebe mais do que esse valor por ano ganha um auxílio proporcionalmente menor.
O auxílio vem dentro do pacote de US$ 2 trilhões aprovado pelo Legislativo e assinado por Trump recentemente.
"Um cheque único de mil e duzentos dólares não será suficiente", disse o deputado Ro Khanna. “Os americanos precisam de ajuda financeira mais significativa durante a crise, a fim de sair do outro lado vivos, saudáveis e prontos para voltar ao trabalho", diz.
Junto com o deputado Ryan, ele pediu à liderança da Casa que inclua o projeto de lei no quarto pacote de ajuda da Covid-19.
“O impacto econômico desse vírus não tem precedentes para o nosso país. Como milhões de americanos pedem desemprego semana após semana, temos que colocar dinheiro nas mãos de famílias trabalhadoras ”, disse o congressista Tim Ryan.
Na primeira semana de abril, os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos chegaram a 6,6 milhões. Antes da crise provocada pela covid-19, o recorde histórico no país era de 695.000 pedidos em uma semana, registrado em 1982.