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Confio que Senado irá pelo menos aprovar PEC dos Precatórios, diz Guedes

Guedes afirmou que a PEC dos Precatórios é "essencial", apesar das mudanças feitas no Congresso

Paulo Guedes, ministro da Economia. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Isabela Rovaroto

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 13h36.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 14h14.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira confiar que o Senado aprovará a PEC dos Precatórios, dando ao governo "pelo menos" espaço fiscal no Orçamento de 2022 após a não aprovação da reforma do Imposto de Renda.

Ao participar de evento promovido pelo setor da construção civil, o ministro afirmou que a PEC é "o menos ruim do que pode acontecer com o Brasil no momento".

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"Espero aprovação, acredito no senso de responsabilidade do Senado", disse.

"Embora ela tenha sido "bastante modificada" em relação à versão desenhada no ministério, Guedes afirmou que a proposta é "essencial".

Guedestambém afirmou que a economia "voltou em V" e que os investimentos estão retornando. Ressaltando avanços,Guedesdisse que "colocar a economia em pé novamente" foi "muito difícil" e criticou o jogo político.

"Guerra política prejudica", afirmou o ministro da Economia, que apontou "padrões preocupantes" na arena política. "Pessoas estão perdendo sensatez, criaram bolhas de ódio", disse.

Guedesdestacou também que todas as arrecadações neste ano estão batendo recordes e elogiou a atuação do setor de construção civil durante a pandemia. "A construção criou emprego e manteve atividade durante a pandemia. Então foi um setor absolutamente exemplar, protegido com práticas de segurança, trabalhou, criou empregos, renda, e continua crescendo", completou.

Ele deu destaque ainda ao setor de serviços e à retomada da economia com a reabertura pós-covid: "O setor de serviço está voltando, voltando o turismo, o Brasil está condenado a crescer", continuou o ministro.

ParaGuedes, o Brasil estava sem crescer nos últimos 30 anos, e, apesar disso, os problemas caíram na "conta do governo Bolsonaro". "Está havendo desmatamento há 30 anos, o país não cresce há 30 anos. O Brasil praticamente parou e agora a conta é do governo Bolsonaro. Ainda pegamos uma covid", completou o ministro.

Reformas

O ministro da Economia voltou a mostrar sua frustração por não conseguir emplacar todas as reformas prometidas quando entrou no comando da pasta. "Esse negócio de chegar e chutar a porta, visão romântica, não consegue mudar tudo porque é toda uma configuração", disseGuedes. "Evidentemente nos frustra chegar com grandes sonhos e fazer 50% ou 40%", continuou.

Na fala,Guedesrecordou a aprovação da reforma da Previdência, afirmando que tinha o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas que o chefe do Executivo não queria o desgaste com as mudanças na regra de aposentadoria.

O ministro da Economia ainda criticou o que classificou de "injustiças" feitas contra membros do governo, incluindo ele. "Criaram personagens que não existem, não existe a pessoa que dizem quem sou, aí vi a injustiça feita com membros do governo. Eu acredito no aperfeiçoamento das instituições, na Câmara, Senado, Presidência, STF, na mídia, que é o quarto poder", afirmouGuedes, relembrando episódios em que foi criticado por declarações, como a envolvendo viagens de empregadas domésticas para a Disney, situação que, para o ministro, foi distorcida.

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