As medidas tomadas pelo Banco Central para conter o mau humor (exagerado, na opinião da maioria dos analistas) do mercado finalmente fizeram efeito. Depois do dólar ceder 1,18% e a Bovespa registrar alta de 2,04%, as atenções agora estão voltadas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje (18/06). O dia pode não ser tão calmo como ontem, mas o bom desempenho do último pregão ainda deve respingar nos negócios de hoje. E, com o Copom, o tom é sempre de espera.

"É importante que o humor mude para melhor, pois o que partiu de uma instabilidade do mercado financeiro pode passar para a economia real, na medida em que a taxa de câmbio ganhe corpo em um patamar mais elevado, elevando os riscos de inflação e reduzindo os graus de liberdade para o BC reduzir os juros básicos", afirmam analistas do Lloyds TSB. A avaliação da instituição é que a queda do juro básico de 18,5% para 18,25%, que era tida como certa há menos de duas semanas, ficou pouco provável pela piora acentuada do clima no mercado financeiro. "Acreditamos que a retomada da queda dos juros será postergada mais uma vez", dizem.

Sem eventos importantes para hoje -- além da reunião do Copom -- os mercados ficam de olho nos Estados Unidos, que divulgam o núcleo do índice de preços ao consumidor de maio e o índice de novas construções, também de maio.