Começa corrida para suceder Strauss-Kahn no FMI
O Conselho Administrativo, integrado por representantes de 24 países e grupos de países, terá que analisar as candidaturas a partir desta segunda-feira até 10 de junho
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 18h52.
Washington - A corrida para a sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do FMI começou oficialmente esta segunda-feira, com a ministra francesa das Finanças sendo apontada como a grande favorita, e pelo menos três adversários declarados, entre eles o mexicano Agustin Carstens.
O Conselho Administrativo, integrado por representantes de 24 países e grupos de países, terá que analisar a partir desta segunda-feira e até 10 de junho, as candidaturas recebidas. Seu "objetivo" é designar um novo diretor executivo "até 30 de junho".
A entidade prometeu que esta eleição será "aberta, fundada no mérito e transparente", embora o procedimento permita prever que será um europeu a ocupar o posto.
Se houver quatro candidatos ou mais, este grupo buscará "por consenso" ou na falta deste, por votação, reduzir a lista a três nomes. Os finalistas serão entrevistados em Washington, sede da instituição.
Embora Lagarde ainda não tenha tornado oficial seu interesse por suceder seu compatriota Strauss-Kahn, forçado a se demitir após ter sido detido em Nova York por tentativa de estupro e agressão sexual, a ministra francesa deu sua primeira declaração pública sobre o assunto à emissora CNBC.
"Diria que é interessante, mas que é claramente prematuro", afirmou. Disse, ainda, que "a decisão é de outros, não minha".
Há alguns dias, Lagarde tem aparecido como a melhor posicionada pela candidatura europeia, recebendo o apoio dos ministros alemão e britânico das Finanças, Wolfgang Schäuble e George Osborne.
"Se Christine Lagarde decidir ser candidata, a Europa terá as maiores chances de ocupar de novo este cargo", declarou Schäuble.
"Do ponto de vista do mérito, eu acho que Christine (Lagarde) é a candidata evidente para o FMI, razão pela qual o Reino Unido vai apoiá-la", disse Osborne.
O ministro belga das Finanças, Didier Reynders, também se mostrou interessado no cargo, o que eventualmente fragilizou a frente europeia, e destacou sua experiência como ministro das Finanças, pasta que ocupa desde 1999.
Também ocupa um cargo "há doze anos" no Comitê Monetário e Financeiro Internacional, encarregado de assessorar a direção do FMI.
Após deixar claro que Christine Lagarde é "muito concretamente" a favorita, criticou a pretensão da França de querer guardar para si o posto de diretor-geral do FMI depois de "DSK", como é conhecido em seu país o demissionário diretor.
A França ocupou este cargo durante 34 dos 66 anos de existência do FMI, que sempre contou com um chefe europeu.
Reynders se apresenta como alternativa se sua colega francesa for impedida por problemas judiciais que poderiam aparecer em seu país.
Um promotor francês ameaçou recentemente investigar sua gestão no acerto, por um tribunal de arbitragem, de um litígio que opunha o empresário e político Bernard Tapie ao banco Credit Lyonnais, que teve que pagar 240 milhões de euros ao empresário francês, além de uma centena de milhões de interesses e 45 milhões por danos morais.
A decisão deve ser tomada nas próximas semanas.
Fora da Europa, Lagarde terá que superar as pretensões dos países emergentes para ocupar a direção do FMI.
O México anunciou, no domingo, que apresentará a candidatura do presidente do Banco Central, Agustin Carstens.
A Malásia informou esta segunda-feira que seu país quer que o novo chefe do FMI seja de um país emergente.
A Comunidade de Estados Independentes (ex-União Soviética, com exceção dos países bálticos e da Geórgia) apresentou a candidatura do chefe do Banco Central do Cazaquistão, Grigori Martchenko.
Também se fala sobre possíveis candidatos chineses, indianos e sul-africanos.
Washington - A corrida para a sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do FMI começou oficialmente esta segunda-feira, com a ministra francesa das Finanças sendo apontada como a grande favorita, e pelo menos três adversários declarados, entre eles o mexicano Agustin Carstens.
O Conselho Administrativo, integrado por representantes de 24 países e grupos de países, terá que analisar a partir desta segunda-feira e até 10 de junho, as candidaturas recebidas. Seu "objetivo" é designar um novo diretor executivo "até 30 de junho".
A entidade prometeu que esta eleição será "aberta, fundada no mérito e transparente", embora o procedimento permita prever que será um europeu a ocupar o posto.
Se houver quatro candidatos ou mais, este grupo buscará "por consenso" ou na falta deste, por votação, reduzir a lista a três nomes. Os finalistas serão entrevistados em Washington, sede da instituição.
Embora Lagarde ainda não tenha tornado oficial seu interesse por suceder seu compatriota Strauss-Kahn, forçado a se demitir após ter sido detido em Nova York por tentativa de estupro e agressão sexual, a ministra francesa deu sua primeira declaração pública sobre o assunto à emissora CNBC.
"Diria que é interessante, mas que é claramente prematuro", afirmou. Disse, ainda, que "a decisão é de outros, não minha".
Há alguns dias, Lagarde tem aparecido como a melhor posicionada pela candidatura europeia, recebendo o apoio dos ministros alemão e britânico das Finanças, Wolfgang Schäuble e George Osborne.
"Se Christine Lagarde decidir ser candidata, a Europa terá as maiores chances de ocupar de novo este cargo", declarou Schäuble.
"Do ponto de vista do mérito, eu acho que Christine (Lagarde) é a candidata evidente para o FMI, razão pela qual o Reino Unido vai apoiá-la", disse Osborne.
O ministro belga das Finanças, Didier Reynders, também se mostrou interessado no cargo, o que eventualmente fragilizou a frente europeia, e destacou sua experiência como ministro das Finanças, pasta que ocupa desde 1999.
Também ocupa um cargo "há doze anos" no Comitê Monetário e Financeiro Internacional, encarregado de assessorar a direção do FMI.
Após deixar claro que Christine Lagarde é "muito concretamente" a favorita, criticou a pretensão da França de querer guardar para si o posto de diretor-geral do FMI depois de "DSK", como é conhecido em seu país o demissionário diretor.
A França ocupou este cargo durante 34 dos 66 anos de existência do FMI, que sempre contou com um chefe europeu.
Reynders se apresenta como alternativa se sua colega francesa for impedida por problemas judiciais que poderiam aparecer em seu país.
Um promotor francês ameaçou recentemente investigar sua gestão no acerto, por um tribunal de arbitragem, de um litígio que opunha o empresário e político Bernard Tapie ao banco Credit Lyonnais, que teve que pagar 240 milhões de euros ao empresário francês, além de uma centena de milhões de interesses e 45 milhões por danos morais.
A decisão deve ser tomada nas próximas semanas.
Fora da Europa, Lagarde terá que superar as pretensões dos países emergentes para ocupar a direção do FMI.
O México anunciou, no domingo, que apresentará a candidatura do presidente do Banco Central, Agustin Carstens.
A Malásia informou esta segunda-feira que seu país quer que o novo chefe do FMI seja de um país emergente.
A Comunidade de Estados Independentes (ex-União Soviética, com exceção dos países bálticos e da Geórgia) apresentou a candidatura do chefe do Banco Central do Cazaquistão, Grigori Martchenko.
Também se fala sobre possíveis candidatos chineses, indianos e sul-africanos.