China respondeu 40% das exportações agrícolas brasileiras no 1º semestre
De janeiro a junho deste ano, foram gerados US$ 20,5 bilhões com as vendas de produtos agrícolas para os chineses
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de julho de 2020 às 12h09.
Última atualização em 24 de julho de 2020 às 12h10.
A China respondeu por 40% das exportações agrícolas brasileiras no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento realizado pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e obtido pelo Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
De janeiro a junho deste ano, foram gerados US$ 20,5 bilhões com as vendas de produtos agrícolas para os chineses. "Em 2020 a participação da China nas exportações do agro foi recorde", destaca o relatório.
Na sequência, entre os principais destinos, vêm os demais países da Ásia (17%) e a União Europeia (16%).
O peso da China na pauta agrícola brasileira é tão expressivo que as exportações para o país asiático foram superiores em US$ 5 bilhões à soma da receita gerada com vendas externas para União Europeia, América do Norte, Oriente Médio, América do Sul e África.
De acordo com o documento, para cada US$ 1 exportado para a União Europeia, mais de US$ 2 são exportados para a China; enquanto para cada US$ 1 exportado para os Estados Unidos quase US$ 7 são exportados para a China.
No período, a receita de exportações agrícolas do País atingiu recorde com geração de US$ 51,63 bilhões, 9,7% a mais que o registrado no primeiro semestre de 2019. Já a receita dos demais setores econômicos caiu 20%. Com o resultado, a participação do agronegócio no faturamento total das exportações brasileiras saltou de 43% para 51% no acumulado dos seis primeiros meses deste ano.
Os 10 principais produtos exportados pelo País representaram 80% da receita de exportações do agronegócio. Do total, R$ 20,5 bilhões vieram das vendas de soja (40%). Outros R$ 4,5 bilhões foram gerados pela comercialização externa de carne bovina (7%). Na sequência, entre os maiores faturamentos, constam celulose (6%), carne de frango (6%), farelo de soja (6%), açúcar (5%), café (4%), algodão (2%), carne suína (2%), papel (2%) e demais commodities (20%).
Para a China, as exportações agrícolas brasileiras aumentaram 30% em valor nominal, na comparação entre o primeiro semestre de 2019 e 2020, enquanto para os demais mercados caíram 1%.
De soja a comercialização para a China avançou 30% nos seis primeiros meses de 2020 e de carnes cresceu 114%. A oleaginosa e as proteínas brasileiras representam 87% do valor gerado com as vendas externas para o país asiático. A China adquiriu 72% da soja em grão exportada pelo Brasil.