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China remove barreiras à carne australiana após embargo ao Brasil

Em visita à Austrália, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que o país agora aceitará a carne bovina de todos os exportadores licenciados

Li Keqiang: acesso expandido da Austrália ao mercado chinês ocorre após a China anunciar a suspensão das importações de carne brasileira (Jason Lee/Reuters)
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Reuters

Publicado em 24 de março de 2017 às 09h27.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 09h28.

Sydney - A China removeu nesta sexta-feira as últimas restrições que restavam sobre as importações de carne bovina australiana, depois de ter imposto um embargo às importações do Brasil em decorrência do escândalo em fiscalizações descoberto pela operação Carne Fraca.

Em visita à Austrália, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que o gigante asiático agora aceitará a carne bovina de todos os exportadores licenciados. Anteriormente, as vendas eram limitadas a apenas 11 vendedores australianos.

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O acesso expandido da Austrália ao mercado chinês ocorre após Pequim anunciar no início desta semana a suspensão das importações de carne brasileira devido ao escândalo sobre o esquema de corrupção que permitia a venda de produtos estragados e contaminados.

"As exportações australianas desempenham importante papel para sustentar o crescimento da China", disse o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull. "Nossa produção agrícola verde e de alta qualidade contribui para a segurança alimentar da China."

Durante a visita, o premiê chinês também anunciou planos em estágio inicial para desenvolver em parceria com a Austrália um grande projeto de mineração, ferrovias e portos. As políticas sinalizam um avanço nas relações comerciais entre os dois países, num momento em que crescem as tensões entre a Austrália e os Estados Unidos, seu tradicional aliado.

Li e Turnbull participaram de cerimônia nesta sexta-feira, na qual a China State Construction Engineering se comprometeu a construir um novo porto e linha ferroviária para uma mina a ser aprovada em Western Australia.

O memorando de entendimento está vinculado a um projeto de 6 bilhões de dólares australianos (4,6 bilhões de dólares) na região de Pilbara com a neozelandesa BBI Group.

"Eu acho que é o momento de China e Austrália entrarem em uma era de livre comércio, o que significa que precisamos ter comércio livre entre nossos países em áreas mais amplas", disse Li a repórteres em Canberra.

A Austrália é um dos muitos países tentam salvar a parceria Transpacífico ao encorajar a China e outros países asiáticos a aderirem ao pacto comercial, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o acordo.

A China já é o maior parceiro comercial da Austrália, com os negócios impulsionados por um amplo acordo de livre comércio entre os dois países, assinado em 2015.

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