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China reforça desejo de chegar ao acordo comercial, mas ameaça os EUA

China alertou que, se necessário, fará uma retaliação, mas trabalha para evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos

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EFE

Publicado em 22 de novembro de 2019 às 10h46.

Pequim — O presidente da China, Xi Jinping , disse nesta sexta-feira que seu país quer "trabalhar em um acordo" com os Estados Unidos para resolver a guerra comercial, mas alertou que, se necessário, terá retaliação por parte do gigante asiático.

Este é o primeiro comentário público do mandatário sobre a possibilidade de chegar a um acordo com Washington para encerrar, pelo menos temporariamente, o conflito tarifário no qual as duas principais potências econômicas do mundo estão imersas desde março de 2018.

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"Se necessário, retaliaremos, mas estamos trabalhando ativamente para tentar não ter uma guerra comercial. Nós (China) não iniciamos essa guerra comercial e não é algo que queremos", disse Xi, durante um fórum econômico em Pequim.

"Sempre dissemos que não queríamos começar a guerra comercial, mas não temos medo", afirmou o presidente, exigindo que o possível acordo fosse baseado no "respeito mútuo e igualdade".

Disputas com os EUA "podem afetar as perspectivas futuras da economia mundial, por isso é uma questão muito importante para prestar atenção", afirmou o presidente chinês.

Esses comentários ocorreram no dia seguinte o Ministério do Comércio chinês negar que o acordo comercial parcial, conhecido como "fase um", estivesse em perigo.

"No momento, não há mais detalhes a oferecer sobre o acordo. Mas os rumores que surgiram sobre o assunto não são precisos", disse ontem o porta-voz do Comércio, Gao Feng.

Esses comentários pareciam ser a resposta da China às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que mostrou certo pessimismo ao considerar que Pequim "não está fazendo o suficiente" nas negociações, e novamente ameaçou aumentar as tarifas "ainda mais" se nenhum acordo não for alcançado.

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