China recusa Coreia do Norte em seu novo banco, diz site
Banco de infraestrutura atrai o Brasil e os países europeus, mas não aceitaria Coreia do Norte "de jeito nenhum", segundo o EmergingMarkets.org
João Pedro Caleiro
Publicado em 2 de abril de 2015 às 15h14.
São Paulo - A China está criando o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês) e dezenas de países já se juntaram - inclusive o Brasil.
De acordo com o EmergingMarkets.org, a isolada Coreia do Norte também tentou e recebeu a seguinte resposta: "De jeito nenhum!".
Citando fontes diplomáticas chinesas, o site diz que Jin Liqun, cotado para a presidência do banco, foi abordado por um alto oficial norte-coreano, provavelmente em Beijing em meados de fevereiro.
O pedido foi negado porque a Coreia do Norte não deu informações concretas e confiáveis sobre seu estado econômico e financeiro. Também não deu detalhes dos projetos que gostaria de fazer e não se comprometeu formalmente com o pagamento de empréstimos.
Ao contrário da maior parte do mundo, a China faz negócios com a Coreia do Norte, muitas vezes em troca de recursos ao invés de dinheiro. De acordo com o Washington Post, há fábricas norte-coreanas com mão de obra norte-coreana operando em solo chinês.
A relação vem esfriando nos últimos anos, mas os chineses ainda respondem por 57% das importações e 42% das exportações norte-coreanas.
Contexto
O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura é parte de um movimento da China de criação de mecanismos financeiros para aumentar sua influência internacional.
A adesão do Reino Unido e de outros países europeus e não-europeus foi uma derrota diplomática importante para os Estados Unidos, que tentaram conter a importância do banco.
Publicamente, os organismos internacionais teoricamente ameaçados (o FMI e o Banco Mundial) tem adotado uma postura conciliadora.
São Paulo - A China está criando o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês) e dezenas de países já se juntaram - inclusive o Brasil.
De acordo com o EmergingMarkets.org, a isolada Coreia do Norte também tentou e recebeu a seguinte resposta: "De jeito nenhum!".
Citando fontes diplomáticas chinesas, o site diz que Jin Liqun, cotado para a presidência do banco, foi abordado por um alto oficial norte-coreano, provavelmente em Beijing em meados de fevereiro.
O pedido foi negado porque a Coreia do Norte não deu informações concretas e confiáveis sobre seu estado econômico e financeiro. Também não deu detalhes dos projetos que gostaria de fazer e não se comprometeu formalmente com o pagamento de empréstimos.
Ao contrário da maior parte do mundo, a China faz negócios com a Coreia do Norte, muitas vezes em troca de recursos ao invés de dinheiro. De acordo com o Washington Post, há fábricas norte-coreanas com mão de obra norte-coreana operando em solo chinês.
A relação vem esfriando nos últimos anos, mas os chineses ainda respondem por 57% das importações e 42% das exportações norte-coreanas.
Contexto
O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura é parte de um movimento da China de criação de mecanismos financeiros para aumentar sua influência internacional.
A adesão do Reino Unido e de outros países europeus e não-europeus foi uma derrota diplomática importante para os Estados Unidos, que tentaram conter a importância do banco.
Publicamente, os organismos internacionais teoricamente ameaçados (o FMI e o Banco Mundial) tem adotado uma postura conciliadora.