China e EUA causam instabilidade no câmbio, diz Mantega
No caso da China, Mantega lembrou que a economia do país deu sinais do que o ministro chamou de “alguma acomodação do crescimento, pouquinho menor”
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 11h39.
Brasília - A redução do dinamismo da economia da China e a decisão do Federal Reserve - banco central norte-americano (FED) - de fazer nova intervenção na economia dos Estados Unidos são responsáveis pela instabilidade no mercado de câmbio, avalia o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Com a instabilidade, o dólar no Brasil tem superado o valor de R$ 2,40.
O risco é que este movimento termine trazendo impactos para a inflação.
“Estamos em um período de volatilidade provocado pelo tampering, interferência do Fed na redução dos estímulos [na economia dos EUA]. Como estamos nas vésperas de um reunião, que pode resultar na redução dos estímulos que eles estão dando para a economia local, isso causa um pouco de estabilidade no mercado”, disse o ministro.
Na última vez que o Fed atuou para reduzir os estímulos retirou da economia norte-americana US$ 10 bilhões.
No caso da China, Mantega lembrou que a economia do país deu sinais do que o ministro chamou de “alguma acomodação do crescimento, pouquinho menor”.
Segundo ele, esses sinais afetam as moedas dos países emergentes.
“Leva a uma desvalorização das moedas em função das commodities [matérias primas]. Quando a China cresce menos, consome menos commodities. E ela é uma grande consumidora de commodities no mundo, minério de ferro, cobre etc. Sendo assim, afeta os mercados”, destacou.
A leitura, informou, é que com a queda na economia chinesa, os países passem a exportar menos e faturar menos por exemplo.
Para Mantega, no entanto, os movimentos são transitórios como os que têm acontecido nos últimos meses de alta volatilidade, quando alguns países sofrem mais e outros menos.
“O Brasil, no caso, tem uma posição sólida porque temos muitas reservas e outros países não têm tanta reserva. Temos uma dívida externa pequena, já que temos mais reservas do que dívida. Nossa situação é estável. Então, a situação depende de cada país. É uma volatilidade que perpassa todos os países”.
Sobre a Argentina que tem enfrentado problemas com sua política cambial e com os credores externos, Mantega enfatizou que o país vizinho sofre a volatilidade desses mercado.
“Ela também é o resultado desta situação. Não é só a Argentina. Posso dar uma lista dez países que também tem [problemas semelhantes],” disse.
Brasília - A redução do dinamismo da economia da China e a decisão do Federal Reserve - banco central norte-americano (FED) - de fazer nova intervenção na economia dos Estados Unidos são responsáveis pela instabilidade no mercado de câmbio, avalia o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Com a instabilidade, o dólar no Brasil tem superado o valor de R$ 2,40.
O risco é que este movimento termine trazendo impactos para a inflação.
“Estamos em um período de volatilidade provocado pelo tampering, interferência do Fed na redução dos estímulos [na economia dos EUA]. Como estamos nas vésperas de um reunião, que pode resultar na redução dos estímulos que eles estão dando para a economia local, isso causa um pouco de estabilidade no mercado”, disse o ministro.
Na última vez que o Fed atuou para reduzir os estímulos retirou da economia norte-americana US$ 10 bilhões.
No caso da China, Mantega lembrou que a economia do país deu sinais do que o ministro chamou de “alguma acomodação do crescimento, pouquinho menor”.
Segundo ele, esses sinais afetam as moedas dos países emergentes.
“Leva a uma desvalorização das moedas em função das commodities [matérias primas]. Quando a China cresce menos, consome menos commodities. E ela é uma grande consumidora de commodities no mundo, minério de ferro, cobre etc. Sendo assim, afeta os mercados”, destacou.
A leitura, informou, é que com a queda na economia chinesa, os países passem a exportar menos e faturar menos por exemplo.
Para Mantega, no entanto, os movimentos são transitórios como os que têm acontecido nos últimos meses de alta volatilidade, quando alguns países sofrem mais e outros menos.
“O Brasil, no caso, tem uma posição sólida porque temos muitas reservas e outros países não têm tanta reserva. Temos uma dívida externa pequena, já que temos mais reservas do que dívida. Nossa situação é estável. Então, a situação depende de cada país. É uma volatilidade que perpassa todos os países”.
Sobre a Argentina que tem enfrentado problemas com sua política cambial e com os credores externos, Mantega enfatizou que o país vizinho sofre a volatilidade desses mercado.
“Ela também é o resultado desta situação. Não é só a Argentina. Posso dar uma lista dez países que também tem [problemas semelhantes],” disse.