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China cancela visita a fazendas nos EUA e expectativa de acordo diminui

O cancelamento da visita vem depois de os EUA terem retirado tarifas sobre mais de 400 produtos chineses

CHINA E EUA: a sede do FMI vai se mudar de Washington para Pequim no futuro? / Thomas White/ Reuters (Thomas White/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de setembro de 2019 às 17h25.

Chicago - Um acordo comercial entre Estados Unidos e China parece ter ficado mais distante nesta sexta-feira, depois que autoridades chinesas cancelarem inesperadamente uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio a dois dias de negociações em Washington.

Autoridades chinesas deveriam visitar agricultores norte-americanos na próxima semana como um gesto de boa vontade, mas cancelaram para retornar à China antes do que se esperava originalmente, disseram à Reuters organizações agrícolas de ambos os Estados.

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O cancelamento vem depois de os EUA terem retirado tarifas sobre mais de 400 produtos chineses.

A Embaixada Chinesa e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) não responderam de imediato a pedidos por comentários.

Os principais índices de Wall Street caíram acentuadamente com as notícias do cancelamento, que reduziram o otimismo inicial quanto às negociações comerciais entre os países.

Os contratos futuros dos grãos e da soja em Chicago e as cotações do petróleo também recuaram após a informação. Futuros do gado também recuaram, uma vez que havia esperança de compras chinesas de soja e carne de suína dos EUA.

Negociadores de EUA e China estão em meio a dois dias de conversas que devem focar fortemente em agricultura e preparar o terreno para negociações de alto nível no início de outubro.

Mais cedo, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que deseja um acordo comercial completo com o país asiático, e não apenas um entendimento para que a China compre mais produtos agrícolas norte-americanos.

"Nós estamos buscando um acordo completo. Não estou buscando um acordo parcial", disse ele, acrescentando que ele não precisaria de um acordo antes da eleição presidencial de 2020.

(Reportagem de David Lawder, Lisa Lambert e Heather Timmons)

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