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China anuncia meta de crescimento econômico anual acima de 6%

Cerca de 3 mil delegados do Partido Comunista estão reunidos para o encontro anual de duas semanas, o principal evento do calendário político chinês

(Stringer/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de março de 2021 às 07h41.

Última atualização em 6 de março de 2021 às 11h18.

As principais autoridades econômicas da China anunciaram uma ambiciosa meta de crescimento econômico para o país e planos para atingir a autossuficiência em ciências e tecnologia. O Partido Comunista, que detém o poder na China, estabeleceu uma meta de crescimento econômico anual "acima de 6%", enquanto o país se recupera das perdas provocadas pela pandemia do novo coronavírus, anunciou o premie Li Keqiang em um congresso nesta sexta-feira, 5. Cerca de 3 mil delegados do partido estão reunidos para o encontro anual de duas semanas, o principal evento do calendário político chinês.

A China foi o único grande país a crescer no ano passando, com alta de 2,3% do PIB após a inédita paralisação quase total da economia para o combate à covid-19.

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"Como meta geral, a taxa de crescimento da China foi determinada em mais de 6% para este ano", disse o primeiro-ministro, Li Keqiang, em seu relatório de trabalho de 2021. "Ao determinar essa meta, levamos em consideração a recuperação da atividade econômica."

Li prometeu "trabalhar rapidamente para melhorar nossa capacidade estratégica científica e tecnológica". Os planos, porém, são ameaçados pelas tensões com Washington sobre tecnologia e segurança, que levaram o ex-presidente Donald Trump a impor sanções à indústria de telecomunicações e tecnologia chinesa.

A meta conservadora de crescimento do país reflete um esforço público para demonstrar retorno à estabilidade econômica depois dos problemas causados no ano passado pela Covid-19, disseram assessores, ao mesmo tempo em que mantém um limite ao apetite por dívida e risco.

"É óbvio que o crescimento deste ano ficará acima de 6%. O objetivo é dizer às pessoas que devemos focar em crescimento de maior qualidade", disse à Reuters Yao Jingyuan, assessor do gabinete da China.

Embora a meta baixa de PIB não signifique que o governo vai correr para apertar a política monetária, com muitas partes da economia ainda em dificuldades, ela dará aos planejadores mais espaço para buscar reformas.

Li prometeu incentivar o consumo doméstico e a inovação, como parte de um plano para reduzir a dependência dos mercados e tecnologia externos para desenvolvimento de longo prazo.

Assim, a China planeja aumentar os gastos anuais com pesquisa e desenvolvimento em mais de 7% a cada ano até 2025.

Em 2021, a China buscará criar mais de 11 milhões de novos empregos urbanos, disse Li em seu relatório entregue na abertura da reunião do Parlamento deste ano, contra meta do ano passado de mais de 9 milhões.

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