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China anuncia investigação antidumping sobre produtos químicos importados da UE e dos EUA

Ação ocorre depois que ambos adotaram barreiras comerciais contra o gigante asiático

Segundo o ministério, sua investigação durará um ano, mas poderá ser prorrogada por mais seis meses
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 19 de maio de 2024 às 17h17.

O Ministério do Comércio da China anunciou neste domingo, 19,  a abertura de uma investigação antidumping sobre as importações de um importante produto químico da União Europeia, dos Estados Unidos, de Taiwan e do Japão.

Pequim disse que investigará as importações de copolímero de polioximetileno, um termoplástico usado na fabricação de uma ampla gama de produtos, desde telefones e peças de automóveis até equipamentos médicos.

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Segundo o ministério, sua investigação durará um ano, mas poderá ser prorrogada por mais seis meses. A decisão da China pode ser uma retaliação às barreiras comerciais introduzidas pelos EUA e pela UE.

Segundo o FT, a iniciativa de Pequim sugere que ela tomará medidas contra as barreiras comerciais estrangeiras, mas a investigação restrita sobre produtos químicos também destaca os limites de sua capacidade de resposta, considerando os enormes superávits comerciais que mantém com os EUA e a UE.

A ação ocorreu depois que o governo Biden anunciou nesta semana uma série de tarifas sobre produtos chineses, incluindo tecnologias de energia limpa e chips de computador. Além disso, quadruplicou as tarifas sobre veículos elétricos para 100%, com o objetivo de impedir que empresas como a BYD e a Nio se estabeleçam no setor automotivo dos EUA.

É o pacote de medidas protecionistas mais abrangente já adotado pela administração Biden. O governo reconhece que uma abordagem belicosa ao comércio com Pequim continua sendo popular entre os eleitores americanos.

A UE lançou recentemente várias investigações semelhantes sobre os subsídios da China para seu próprio setor. No mês passado, o bloco lançou uma investigação sobre o mercado de dispositivos médicos da China por supostas práticas injustas.

Pequim classificou a investigação como uma medida "protecionista" e disse que ela prejudicaria a imagem da UE.

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