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Cenário desfavorável afeta consolidação da cana, diz Unica

Segundo presidente da entidade, cerca de 12 unidades de moagem não devem operar na nova temporada em função das dificuldades financeiras

Colheita de cana de açúcar da Biosev em uma fazenda perto de Colombia, Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 20h22.

São Paulo - O cenário macroeconômico desfavorável no Brasil leva a indústria sucroalcooleira a rever seus investimentos, além de afetar a consolidação do setor, disse a presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) nesta segunda-feira.

Segundo Elizabeth Farina, cerca de 12 unidades de moagem não devem operar na nova temporada em função das dificuldades financeiras, entre mais de 300 unidades em operação no centro-sul do Brasil, região que responde por 90 por cento da produção nacional.

"Vemos com preocupação, quase com indignação... Acho que todas as usinas estão revendo seus planos de investimento, dadas as perspectivas pouco favoráveis, enquanto não alterar algumas políticas macroeconômicas, não só do setor de açúcar ", disse a executiva, no intervalo do Global Agribusiness Forum, em São Paulo.

Ela mencionou que é preocupante o aumento do nível de endividamento e a restrição na capacidade de investimento, que é a consequência direta destas dificuldades de caixa.

No final da semana passada, a Biosev, segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, anunciou uma revisão de seu plano de negócios e uma redução nos investimentos industriais no curto prazo, para se adequar a um cenário de baixa do setor sucroalcooleiro no Brasil.

Elizabeth Farina acrescentou que as dificuldades também inviabilizam uma consolidação do setor.

"Para consolidação, precisa ter perspectiva para investimentos. Se você compra ativo de outros, você está fazendo investimentos... Enquanto não houver incentivo para investimentos, não vai haver sequer consolidação", disse.

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Segundo Elizabeth Farina, cerca de 12 unidades de moagem não devem operar na nova temporada em função das dificuldades financeiras, entre mais de 300 unidades em operação no centro-sul do Brasil, região que responde por 90 por cento da produção nacional.

"Vemos com preocupação, quase com indignação... Acho que todas as usinas estão revendo seus planos de investimento, dadas as perspectivas pouco favoráveis, enquanto não alterar algumas políticas macroeconômicas, não só do setor de açúcar ", disse a executiva, no intervalo do Global Agribusiness Forum, em São Paulo.

Ela mencionou que é preocupante o aumento do nível de endividamento e a restrição na capacidade de investimento, que é a consequência direta destas dificuldades de caixa.

No final da semana passada, a Biosev, segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, anunciou uma revisão de seu plano de negócios e uma redução nos investimentos industriais no curto prazo, para se adequar a um cenário de baixa do setor sucroalcooleiro no Brasil.

Elizabeth Farina acrescentou que as dificuldades também inviabilizam uma consolidação do setor.

"Para consolidação, precisa ter perspectiva para investimentos. Se você compra ativo de outros, você está fazendo investimentos... Enquanto não houver incentivo para investimentos, não vai haver sequer consolidação", disse.

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