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Captura de Saddam é reviravolta na campanha eleitoral de Bush

A captura do ditador iraquiano Saddam Hussein pode representar uma reviravolta na campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Com baixos índices de popularidade, achatados principalmente pelas perdas de soldados americanos no Iraque, Bush agora pode afirmar que a guerra contra o país, o regime de Saddam e especialmente contra o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

A captura do ditador iraquiano Saddam Hussein pode representar uma reviravolta na campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Com baixos índices de popularidade, achatados principalmente pelas perdas de soldados americanos no Iraque, Bush agora pode afirmar que a guerra contra o país, o regime de Saddam e especialmente contra o terrorismo -foi bem sucedida. As eleições americanas acontecem em novembro de 2004.

O Iraque, entretanto, é apenas um dos influenciadores da campanha de Bush. A economia dos EUA,fortemente prejudicada pelas altas taxas de desemprego e pelo alto déficit comercial, experimentou no último mês sinais sólidos de retomada uma notícia positiva que ainda não foi totalmente repassada aos índices de aprovação do presidente. Além disso, os EUA perderam uma importante queda de braço no comércio internacional quando a Organização Mundial do Comércio (OMC) determinou que as sobretaxas de importação do aço que protegiam o mercado siderúrgico do país e serviam como bandeira política de Bush -fossem retiradas. O presidente não teve outra saída a não ser acatar a decisão.

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Sem contar com o aumento da popularidade que se seguiu aos ataques em 11 de setembro de 2001, o apoio do eleitorado ao presidente americano está se recuperando aos poucos.

De acordo com agências internacionais, uma pesquisa do início de dezembro da Gallup para o jornal USA Today e a para a rede de televisão CNN mostrou que Bush tinha 55% de aprovação, contra 50% em meados de novembro. Quarenta e oito por cento dos entrevistados disseram que votariam pela reeleição do presidente, contra 46% em outubro. Os organizadores da campanha de Bush esperam contar com 200 milhões de dólares para lançar uma campanha de propaganda após sua indicação oficial como candidato do Partido Republicano na convenção de Nova York, marcada, não por acaso, para o dia 11 de setembro.

Ditador no buraco

O Brasil considera que a captura de Saddam Hussein representa um ponto de inflexão na situação iraquiana e conta que contribuirá para acelerar o processo de transição do auto-governo pelo povo iraquiano. Em nota oficial divulgada na noite de domingo (14/12), o Ministério das Relações Exteriores reiterou que acredita que a Organização dasNações Unidas devem desempenhar um papel central nesse processo.

Saddam Hussein, o ditador iraquiano que comandou o Iraque por 35 anos foi capturado no sábado (13/12) à noite e entregue às forças americanas no domingo. Hussein estava desaparecido desde abril, quase um mês depois da invasão americana que deu início à guerra no Iraque.

O ex-ditador foi encontrado em um buraco de 2,5 metros, cavado na terra em uma propriedade rural próxima à sua cidade natal, Tikrit. Mantido em Bagdá, Saddam já foi interrogado por membros do Conselho de Governo iraquiano que está no comando do país e, de acordo com o pronunciamento do presidente dos EUA, George W. Bush, deverá ser julgado por um tribunal local.

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