Cajado diz que quer manter relatório da regra fiscal; se alterar será em acordo com líderes
Segundo o relator, o Congresso dificilmente aceitaria um aumento de carga tributária para cumprir as metas da regra em discussão
Agência de notícias
Publicado em 17 de maio de 2023 às 19h47.
Última atualização em 17 de maio de 2023 às 19h54.
O relator da proposta de nova regra fiscal, Cláudio Cajado (PP-BA), disse depois da aprovação da urgência que não quer alterar o projeto para a votação do mérito. Ele afirmou que a proposta ainda vai "amadurecer" mais.
Isso, nas palavras dele, seria explicando aos deputados o conteúdo da proposta. Cajado disse que,se houver alterações no relatório, elas serão feitas em conversa com o colégio de líderes, instância que reúne os representantes das bancadas da Câmara.
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Arcabouço não vai deixar ninguém "supersatisfeito"
O deputado declarou que ninguém vai se dizer "supersatisfeito" com o relatório, mas que os diversos setores da Câmara ficaram satisfeitos em alguma medida. De acordo com ele, a aprovação da urgência é a Casa mostrando que um novo regime fiscal é importante e que o diálogo dá resultado.
Segundo o relator, o Congresso dificilmente aceitaria um aumento de carga tributária para cumprir as metas da regra em discussão. Ele disse que o governo precisa cobrar imposto de quem não paga, e não subir alíquotas. É o que vem defendendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Cajado afirmou que a nova proposta é mais viável do que o antigo teto de gastos.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o texto pode ter "um ou outro ajuste", mas que a essência será mantida.
Ele afirmou que esperava em torno de 350 a 360 votos a favor da urgência. Foram 367 a favor, 102 contra e uma abstenção. Segundo ele, a expectativa é votar o mérito na próxima terça ou quarta-feira.
Guimarães declarou que seria "precipitado" dizer se o placar da votação do mérito será maior ou menor a favor da proposta. "Contar voto antes da hora é coisa agourenta", declarou ele.
O líder do governo também disse que, terminada a discussão da nova regra fiscal, o passo seguinte será a reforma tributária.