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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h24.
O endividamento dos consumidores na Região Metropolitana de São Paulo recuou três pontos percentuais em junho, totalizando 57%. Em maio, o percentual de pessoas com algum tipo de dívida era de 60%. O resultado deste mês é o menor desde junho do ano passado, quando o índice chegou a 55%.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), a parcela de endividados com contas em atraso manteve-se estável, em 39%, ante 38% em maio. Em junho de 2005, esse percentual era de 50%.
"Apesar do atual cenário mostar-se positivo, o nível de endividamento ainda é bastante elevado", afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. "Vale lembrar que a renda aumentou em relação a junho do ano passado, mas na comparação a maio de 2006 manteve-se estável. Isso pode indicar um elevado risco futuro de inadimplência principalmente frente aos consumidores com menor renda, que têm capacidade de pagamento mais restrita."
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio real registrou alta de 4,7% em 12 meses findos em abril. No mesmo período, segundo o Banco Central, o volume de crédito à pessoa física cresceu 32%, e o consignado, 57%.
O comprometimento da renda dos consumidores - ou seja, o percentual empenhado no pagamento de dívidas - também recuou neste mês, chegando a 34%, ante 37% em maio. Dos cerca de mil consumidores entrevistados na pesquisa, 75% declararam a intenção de pagar total ou parcialmente as parcelas em atraso. Em maio, esse índice era de 73%. O percentual dos que disseram não poder honrar com seus compromssos recuou para 23%, ante 24% no mês passado.