Brooklyn, novo local do aumento dos preços dos imóveis em NY
Segundo estudo, o aluguel médio de um apartamento no Brooklyn chegou em julho a US$ 3.035, 8,2% mais que no mesmo mês do ano passado
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 08h39.
Nova York - O preço da moradia continua disparando em Nova York , um dos lugares mais caros do mundo, mas as altas são protagonizadas sobretudo pelo Brooklyn, um bairro cada vez mais da moda entre jovens e criadores.
Segundo um estudo divulgado recentemente pela imobiliária Douglas Elliman, o aluguel médio de um apartamento no Brooklyn chegou em julho a US$ 3.035, 8,2% mais que no mesmo mês do ano passado.
Esta alta faz com que o Brooklyn continue se aproximando de Manhattan, o bairro mais caro da Big Apple e onde o aluguel médio é de US$ 3.822 por mês.
A melhora da economia, mas também o fluxo permanente gerado na cidade pelo setor financeiro, as grandes corporações e o corpo diplomático (ONU e consulados) se conjuga com a limitação do espaço pressionando os preços para cima.
O aumento de preços anualizado de Manhattan foi de apenas 1,7% até julho, mas com apenas 1,28% de imóveis vazios na ilha os donos de apartamentos sabem que se um potencial inquilino rejeitar o preço depois virá outro que vai aceitá-lo.
"Não há apartamentos para mostrar. Tudo está alugado", lamentou à Agência Efe Jinjin Jiang, uma agente imobiliária do Grupo Hecht, acrescentando que tem "muitos clientes que não encontram nada".
O aumento no Brooklyn é ainda maior nas áreas mais procuradas, como Greenpoint, Williamsburg, Cobble Hill e Brooklyn Heights, depois que Park Slope e Carroll Gardens - dois pontos muito na moda há alguns anos - há tempo deixaram de ser acessíveis para o cidadão médio.
Jiang assinalou especialmente a Dumbo, uma área muito na moda do Brooklyn onde alguma zonas próximas ao rio já são mais caras que Manhattan, e onde um estúdio pode ser alugado por cerca de US$ 3.000.
Os apartamentos do Brooklyn considerados de luxo, que são os que estão entre os 10% mais caros, têm um aluguel médio de US$ 6.007, 8,8% superiores a há um ano, segundo o estudo de Douglas Elliman.
As pessoas fogem da ilha de Manhattan por causa dos preços impossíveis do mercado livre, mas também não se deve descartar o "fator moda", já que este bairro está se transformando nos últimos anos na área mais dinâmica da cidade.
É que algumas partes do Brooklyn (em geral as mais próximas a Manhattan e as que têm mais prédios antigos, em ruas estreitas e tranquilas) estão vivendo uma autêntica eclosão nos últimos anos.
Primeiro foram Park Slope e Carroll Gardens, áreas alçadas à fama pela aura de escritores e artistas, de modo que ambos os bairros vizinhos já são tão caros ou mais que amplas áreas de Manhattan. Por exemplo, os aluguéis em Park Slope subiram 32% entre abril de 2011 e o mesmo mês de 2012.
Depois, toda uma onda de jovens dedicados às indústrias criativas e tecnológicas (artistas, projeto gráfico, internet...) foram se movimentando de forma progressiva para outras zonas do Brooklyn, como Greenpoint, amparados na instalação de novas empresas de inovação ("start-ups") de pequeno tamanho em regiões como os antigos estaleiros da Marinha.
Por um lado, amplas áreas empobrecidas estão se recuperando, mas por outro a decolagem dos preços obrigou muita gente de menores recursos a se deslocar, em um novo episódio do fenômeno chamado em inglês "gentrification" (aburguesamento).
"Os preços me forçaram a ir embora", lamentou à Efe Laura, uma antiga habitante da zona administrativa do Brooklyn, por sua vez explicando que não sobe apenas o custo da moradia e dos locais comerciais, mas as lojas também se veem obrigadas a aumentar seus preços, o que força muita gente a se afastar na busca de áreas mais baratas.
Nova York - O preço da moradia continua disparando em Nova York , um dos lugares mais caros do mundo, mas as altas são protagonizadas sobretudo pelo Brooklyn, um bairro cada vez mais da moda entre jovens e criadores.
Segundo um estudo divulgado recentemente pela imobiliária Douglas Elliman, o aluguel médio de um apartamento no Brooklyn chegou em julho a US$ 3.035, 8,2% mais que no mesmo mês do ano passado.
Esta alta faz com que o Brooklyn continue se aproximando de Manhattan, o bairro mais caro da Big Apple e onde o aluguel médio é de US$ 3.822 por mês.
A melhora da economia, mas também o fluxo permanente gerado na cidade pelo setor financeiro, as grandes corporações e o corpo diplomático (ONU e consulados) se conjuga com a limitação do espaço pressionando os preços para cima.
O aumento de preços anualizado de Manhattan foi de apenas 1,7% até julho, mas com apenas 1,28% de imóveis vazios na ilha os donos de apartamentos sabem que se um potencial inquilino rejeitar o preço depois virá outro que vai aceitá-lo.
"Não há apartamentos para mostrar. Tudo está alugado", lamentou à Agência Efe Jinjin Jiang, uma agente imobiliária do Grupo Hecht, acrescentando que tem "muitos clientes que não encontram nada".
O aumento no Brooklyn é ainda maior nas áreas mais procuradas, como Greenpoint, Williamsburg, Cobble Hill e Brooklyn Heights, depois que Park Slope e Carroll Gardens - dois pontos muito na moda há alguns anos - há tempo deixaram de ser acessíveis para o cidadão médio.
Jiang assinalou especialmente a Dumbo, uma área muito na moda do Brooklyn onde alguma zonas próximas ao rio já são mais caras que Manhattan, e onde um estúdio pode ser alugado por cerca de US$ 3.000.
Os apartamentos do Brooklyn considerados de luxo, que são os que estão entre os 10% mais caros, têm um aluguel médio de US$ 6.007, 8,8% superiores a há um ano, segundo o estudo de Douglas Elliman.
As pessoas fogem da ilha de Manhattan por causa dos preços impossíveis do mercado livre, mas também não se deve descartar o "fator moda", já que este bairro está se transformando nos últimos anos na área mais dinâmica da cidade.
É que algumas partes do Brooklyn (em geral as mais próximas a Manhattan e as que têm mais prédios antigos, em ruas estreitas e tranquilas) estão vivendo uma autêntica eclosão nos últimos anos.
Primeiro foram Park Slope e Carroll Gardens, áreas alçadas à fama pela aura de escritores e artistas, de modo que ambos os bairros vizinhos já são tão caros ou mais que amplas áreas de Manhattan. Por exemplo, os aluguéis em Park Slope subiram 32% entre abril de 2011 e o mesmo mês de 2012.
Depois, toda uma onda de jovens dedicados às indústrias criativas e tecnológicas (artistas, projeto gráfico, internet...) foram se movimentando de forma progressiva para outras zonas do Brooklyn, como Greenpoint, amparados na instalação de novas empresas de inovação ("start-ups") de pequeno tamanho em regiões como os antigos estaleiros da Marinha.
Por um lado, amplas áreas empobrecidas estão se recuperando, mas por outro a decolagem dos preços obrigou muita gente de menores recursos a se deslocar, em um novo episódio do fenômeno chamado em inglês "gentrification" (aburguesamento).
"Os preços me forçaram a ir embora", lamentou à Efe Laura, uma antiga habitante da zona administrativa do Brooklyn, por sua vez explicando que não sobe apenas o custo da moradia e dos locais comerciais, mas as lojas também se veem obrigadas a aumentar seus preços, o que força muita gente a se afastar na busca de áreas mais baratas.