Brasil tem superávit comercial recorde para outubro
Este também foi o nono mês consecutivo com recorde histórico para as trocas comerciais brasileiras
Reuters
Publicado em 1 de novembro de 2017 às 17h09.
Brasília - O Brasil teve superávit comercial de 5,201 bilhões de dólares em outubro, melhor para o período desde o início da série histórica em 1989, em mais um resultado recorde impulsionado pelo forte avanço das exportações, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira.
Em pesquisa Reuters com analistas, a expectativa era de um superávit de 5,251 bilhões de dólares.
Este foi o nono mês consecutivo com recorde histórico para as trocas comerciais brasileiras. As exportações tiveram alta de 31,1 por cento em outubro sobre igual mês do ano passado, pela média diária, a 18,877 bilhões de dólares.
Já as importações cresceram menos, com avanço de 14,5 por cento na mesma base de comparação, a 13,676 bilhões de dólares.
Nos dez meses do ano, o superávit da balança comercial já é de 58,477 bilhões de dólares, alta de 51,8 por cento sobre igual período de 2016.
No mês passado, o MDIC já havia melhorado em nota sua estimativa para o saldo do ano a um superávit entre 65 bilhões e 70 bilhões de dólares, contra projeção anterior de um patamar superior a 60 bilhões de dólares, que já seria uma marca recorde para o país.
Destaques
As exportações em outubro foram puxadas pelas vendas de produtos básicos, com alta de 42,3 por cento sobre um ano antes, com destaque para minério de ferro (+68,9 por cento, a 2 bilhões de dólares), petróleo em bruto (+5,9 por cento, a 1,2 bilhão de dólares), soja em grão (+116,2 por cento, a 940 milhões de dólares) e milho em grão (+287,2 por cento, a 774 milhões de dólares).
Mas as outras categorias também entregaram desempenho positivo no mês. Enquanto as vendas de semimanufaturados subiram 26,2 por cento ante outubro de 2016, as de manufaturados avançaram 21 por cento.
Na ponta das importações, houve um aumento no mês nas compras de combustíveis e lubrificantes (+68,2 por cento), bens de capital (+18,7 por cento) e bens intermediários (+7,9 por cento).