Brasil tem pior primário no 1º semestre em 3 anos
Economia feita para pagamento de juros da dívida ficou em R$52,158 bilhões entre janeiro e junho passados, pior resultado para primeiro semestre desde 2010
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 11h45.
Brasília - O setor público brasileiro fechou o primeiro semestre deste ano com o menor superávit primário para esses períodos em três anos, afetado sobretudo pelos resultados mais fracos do governo federal, com menos arrecadação e mais gastos.
Segundo informou o Banco Central nesta terça-feira, a economia feita para pagamento de juros da dívida ficou em 52,158 bilhões de reais entre janeiro e junho passados, pior resultado para primeiro semestre desde 2010 (42,056 bilhões de reais) e 20 por cento a menos do que em igual perído de 2012.
Somente em junho, o resultado primário do setor público - governo central, Estados, municípios e estatais - ficou em 5,429 bilhões de reais, melhor que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 3,5 bilhões de reais no período.
Em 12 meses até junho, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da meta do governo de 2,3 por cento do PIB.
De forma desagregada, em junho o governo central registrou superávit de 1,424 bilhão de reais, acumulando no semestre economia fiscal de 33,728 bilhões de reais, abaixo dos 48,062 bilhões de reais vistos um ano antes e também o pior desde 2010 para os seis primeiros meses de um ano.
Somente o governo federal, entre janeiro e junho, registrou primário de 61,071 bilhões de reais, quase 8 bilhões de reais a menos do que o primeiro semestre de 2012.
No mês passado, os Estados e municípios geraram economia de 3,168 bilhões de reais, acumulando no semestre 18,415 bilhões de reais, enquanto as estatais tiveram superávit primário de 836 milhões de reais no mês e de 15 milhões de reais no acumulado do ano.
O BC informou ainda que o déficit nominal ficou em 12,198 bilhões de reais no mês passado, acumulando no semestre 65,935 bilhões de reais, enquanto a dívida pública representou 34,5 por cento do PIB.
As contas públicas brasileiras têm se deteriorado devido ao crescimento dos gastos acima do das receitas e em meio a incertezas sobre a capacidade de economia dos governos regionais.
Na semana passada, o governo anunciou corte adicional de 10 bilhões de reais no Orçamento deste ano, a fim de garantir o cumprimento da nova meta de superávit primário do setor público, de 2,3 por cento do PIB. Mas não convenceu os especialistas, uma vez que traz despesas que apenas foram adiadas para períodos seguintes.
Com o corte adicional, foi elevado para 38 bilhões de reais o total de verbas contingenciada no ano. A meta cheia de primário era de 155,9 bilhões de reais (cerca de 3,1 por cento do PIB) mas, diante do cenário adverso, o governo reduziu seu objetivo e prevê que abaterá 45 bilhões de reais em investimentos e desonerações, de um total de 65 bilhões de reais previstos na lei.
Brasília - O setor público brasileiro fechou o primeiro semestre deste ano com o menor superávit primário para esses períodos em três anos, afetado sobretudo pelos resultados mais fracos do governo federal, com menos arrecadação e mais gastos.
Segundo informou o Banco Central nesta terça-feira, a economia feita para pagamento de juros da dívida ficou em 52,158 bilhões de reais entre janeiro e junho passados, pior resultado para primeiro semestre desde 2010 (42,056 bilhões de reais) e 20 por cento a menos do que em igual perído de 2012.
Somente em junho, o resultado primário do setor público - governo central, Estados, municípios e estatais - ficou em 5,429 bilhões de reais, melhor que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 3,5 bilhões de reais no período.
Em 12 meses até junho, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da meta do governo de 2,3 por cento do PIB.
De forma desagregada, em junho o governo central registrou superávit de 1,424 bilhão de reais, acumulando no semestre economia fiscal de 33,728 bilhões de reais, abaixo dos 48,062 bilhões de reais vistos um ano antes e também o pior desde 2010 para os seis primeiros meses de um ano.
Somente o governo federal, entre janeiro e junho, registrou primário de 61,071 bilhões de reais, quase 8 bilhões de reais a menos do que o primeiro semestre de 2012.
No mês passado, os Estados e municípios geraram economia de 3,168 bilhões de reais, acumulando no semestre 18,415 bilhões de reais, enquanto as estatais tiveram superávit primário de 836 milhões de reais no mês e de 15 milhões de reais no acumulado do ano.
O BC informou ainda que o déficit nominal ficou em 12,198 bilhões de reais no mês passado, acumulando no semestre 65,935 bilhões de reais, enquanto a dívida pública representou 34,5 por cento do PIB.
As contas públicas brasileiras têm se deteriorado devido ao crescimento dos gastos acima do das receitas e em meio a incertezas sobre a capacidade de economia dos governos regionais.
Na semana passada, o governo anunciou corte adicional de 10 bilhões de reais no Orçamento deste ano, a fim de garantir o cumprimento da nova meta de superávit primário do setor público, de 2,3 por cento do PIB. Mas não convenceu os especialistas, uma vez que traz despesas que apenas foram adiadas para períodos seguintes.
Com o corte adicional, foi elevado para 38 bilhões de reais o total de verbas contingenciada no ano. A meta cheia de primário era de 155,9 bilhões de reais (cerca de 3,1 por cento do PIB) mas, diante do cenário adverso, o governo reduziu seu objetivo e prevê que abaterá 45 bilhões de reais em investimentos e desonerações, de um total de 65 bilhões de reais previstos na lei.