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Brasil muda tom e elimina críticas ao FMI em declaração

Brasil resolveu mudar o tom e eliminou as críticas às avaliações do FMI na declaração que o país apresenta em plenária do sábado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 22h14.

Washington - O Brasil resolveu mudar o tom e eliminou as críticas às avaliações do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) na declaração que o país apresenta na plenária deste sábado, 18, do Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão máximo que dá as diretrizes políticas para o FMI, assinada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

A única queixa do Brasil é com o atraso da reforma de cotas da instituição, que daria mais poder de voto aos emergentes, por conta da falta de aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

Em outubro, na reunião anual do FMI, a declaração apresentada pelo Brasil foi assinada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e fez críticas às análises do FMI.

"As avaliações recentes do FMI sobre o Brasil têm sido contraditórias", afirmou o texto. Mantega não veio à reunião do FMI, mas assinou a carta.

Na ocasião, o Fundo cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e, em uma entrevista à imprensa, o economista-chefe da casa, Olivier Blanchard, afirmou que os problemas brasileiros são primordialmente internos.

O Brasil tem crescido pouco por insuficiência de investimento, baixo grau de confiança dos empresários e, em 2014, também por causa da incerteza política em meio às eleições. Mantega contestou e disse que fatores externos, como a desaceleração da economia mundial e a queda dos preços das commodities eram fatores importantes para explicar o fraco desempenho do país.

Durante a reunião de primavera esta semana em Washington, o FMI também cortou a previsão de crescimento do Brasil, mas tem feito elogios aos ajustes que vêm sendo implementados pela equipe econômica de Dilma Rousseff.

"A política econômica que foi aplicada (no Brasil) é uma combinação de política fiscal séria com ancoragem de expectativas de médio prazo. O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano se tornando positivo no ano que vem", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde. Nesta sexta-feira, 17, Ontem, ela teve uma reunião reservada com Levy.

Nesta sexta, o diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, também ressaltou que as medidas ficais e monetárias adotadas no Brasil são "criticamente necessárias" e devem ajudar a restaurar a confiança dos agentes.

O FMI também tem feito menções positivas ao ajuste brasileiro em documentos oficiais, como o relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado esta semana.

"O compromisso renovado das autoridades brasileiras para conter o déficit fiscal e reduzir a inflação vai ajudar a restaurar a confiança no quadro da política macroeconômica do Brasil, mas vai reduzir ainda mais a demanda de curto prazo", afirma o documento. A previsão de crescimento do Brasil foi reduzida para contração de 1% este ano, ante expectativa de expansão de 0,3% em um relatório do FMI de janeiro. Para 2016, a previsão é de expansão de 1%.

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Washington - O Brasil resolveu mudar o tom e eliminou as críticas às avaliações do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) na declaração que o país apresenta na plenária deste sábado, 18, do Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão máximo que dá as diretrizes políticas para o FMI, assinada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

A única queixa do Brasil é com o atraso da reforma de cotas da instituição, que daria mais poder de voto aos emergentes, por conta da falta de aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

Em outubro, na reunião anual do FMI, a declaração apresentada pelo Brasil foi assinada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e fez críticas às análises do FMI.

"As avaliações recentes do FMI sobre o Brasil têm sido contraditórias", afirmou o texto. Mantega não veio à reunião do FMI, mas assinou a carta.

Na ocasião, o Fundo cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e, em uma entrevista à imprensa, o economista-chefe da casa, Olivier Blanchard, afirmou que os problemas brasileiros são primordialmente internos.

O Brasil tem crescido pouco por insuficiência de investimento, baixo grau de confiança dos empresários e, em 2014, também por causa da incerteza política em meio às eleições. Mantega contestou e disse que fatores externos, como a desaceleração da economia mundial e a queda dos preços das commodities eram fatores importantes para explicar o fraco desempenho do país.

Durante a reunião de primavera esta semana em Washington, o FMI também cortou a previsão de crescimento do Brasil, mas tem feito elogios aos ajustes que vêm sendo implementados pela equipe econômica de Dilma Rousseff.

"A política econômica que foi aplicada (no Brasil) é uma combinação de política fiscal séria com ancoragem de expectativas de médio prazo. O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano se tornando positivo no ano que vem", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde. Nesta sexta-feira, 17, Ontem, ela teve uma reunião reservada com Levy.

Nesta sexta, o diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, também ressaltou que as medidas ficais e monetárias adotadas no Brasil são "criticamente necessárias" e devem ajudar a restaurar a confiança dos agentes.

O FMI também tem feito menções positivas ao ajuste brasileiro em documentos oficiais, como o relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado esta semana.

"O compromisso renovado das autoridades brasileiras para conter o déficit fiscal e reduzir a inflação vai ajudar a restaurar a confiança no quadro da política macroeconômica do Brasil, mas vai reduzir ainda mais a demanda de curto prazo", afirma o documento. A previsão de crescimento do Brasil foi reduzida para contração de 1% este ano, ante expectativa de expansão de 0,3% em um relatório do FMI de janeiro. Para 2016, a previsão é de expansão de 1%.

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