Brasil cresce com mais "qualidade" que Estados Unidos
Economia brasileira mais que dobrou nos últimos cinco anos, ao mesmo tempo em que o país conseguiu melhorar a distribuição de renda
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2012 às 15h05.
Quando o presidente Barack Obama veio ao Brasil, no ano passado, trazia na bagagem uma série de preocupações com a economia dos Estados Unidos . Com elevada taxa de desemprego e lenta recuperação econômica, boa parte dos americanos se dizia pessimista com o futuro do país.
Quase um ano depois, a presidente Dilma Rousseff retribui a visita e encontra um país ainda tentando se recuperar da crise, mas com indicadores um pouco mais favoráveis.
A taxa de desemprego americana recuou para 8,2% em março e a confiança dos consumidores na economia atingiu o maior patamar desde janeiro de 2008, segundo indicador Gallup.
Apesar desses sinais positivos, a crise resultou em aumento da concentração de renda e da pobreza nos Estados Unidos. Já o Brasil vive processo inverso: a economia dobrou de tamanho nos últimos cinco anos e houve melhora na distribuição de renda e recuo do desemprego.
“O crescimento no Brasil não é só quantitativo, mas qualitativo”, diz Alexandre Chaia, professor de economia do Insper. “Já os Estados Unidos, país com perfil econômico bem diferente do nosso, crescem com menor qualidade.”
No Brasil, o PIB cresceu 131% entre 2006 e 2011 e chegou a 2,5 trilhões de dólares. Enquanto isso, o PIB per capita dobrou e alcançou o patamar de 11.600 dólares. “O poder de compra do brasileiro dobrou, mas nossa base é muito baixa”, afirma Chaia.
Nos Estados Unidos, o PIB per capita cresceu 8% no mesmo período, para 48.100 dólares – valor quatro vezes acima do registrado no Brasil. Já o PIB americano cresceu 12,5% nos últimos cinco anos e alcançou 15 trilhões de dólares – seis vezes mais que o total de riquezas geradas pelo Brasil em 2011.
A proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza também avançou nos Estados Unidos, passando de 12% em 2006 para 15% em 2010. O Brasil conseguiu reduzir a parcela de pessoas que vive em pobreza extrema, mas a taxa (21%) ainda é muito superior à americana.
No Brasil, a taxa média de desemprego recuou de 10% em 2006 para 6% em 2011. Com isso, o país tem índice melhor que o registrado pelos Estados Unidos, que viu seu desemprego aumentar de 4,6% para 9,1% no período.
“O Brasil tem se destacado por conseguir tirar pessoas da linha da pobreza e ampliar o poder de compra do trabalhador, enquanto os Estados Unidos sofrem com os efeitos da crise”, diz Chaia.
Quando o presidente Barack Obama veio ao Brasil, no ano passado, trazia na bagagem uma série de preocupações com a economia dos Estados Unidos . Com elevada taxa de desemprego e lenta recuperação econômica, boa parte dos americanos se dizia pessimista com o futuro do país.
Quase um ano depois, a presidente Dilma Rousseff retribui a visita e encontra um país ainda tentando se recuperar da crise, mas com indicadores um pouco mais favoráveis.
A taxa de desemprego americana recuou para 8,2% em março e a confiança dos consumidores na economia atingiu o maior patamar desde janeiro de 2008, segundo indicador Gallup.
Apesar desses sinais positivos, a crise resultou em aumento da concentração de renda e da pobreza nos Estados Unidos. Já o Brasil vive processo inverso: a economia dobrou de tamanho nos últimos cinco anos e houve melhora na distribuição de renda e recuo do desemprego.
“O crescimento no Brasil não é só quantitativo, mas qualitativo”, diz Alexandre Chaia, professor de economia do Insper. “Já os Estados Unidos, país com perfil econômico bem diferente do nosso, crescem com menor qualidade.”
No Brasil, o PIB cresceu 131% entre 2006 e 2011 e chegou a 2,5 trilhões de dólares. Enquanto isso, o PIB per capita dobrou e alcançou o patamar de 11.600 dólares. “O poder de compra do brasileiro dobrou, mas nossa base é muito baixa”, afirma Chaia.
Nos Estados Unidos, o PIB per capita cresceu 8% no mesmo período, para 48.100 dólares – valor quatro vezes acima do registrado no Brasil. Já o PIB americano cresceu 12,5% nos últimos cinco anos e alcançou 15 trilhões de dólares – seis vezes mais que o total de riquezas geradas pelo Brasil em 2011.
A proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza também avançou nos Estados Unidos, passando de 12% em 2006 para 15% em 2010. O Brasil conseguiu reduzir a parcela de pessoas que vive em pobreza extrema, mas a taxa (21%) ainda é muito superior à americana.
No Brasil, a taxa média de desemprego recuou de 10% em 2006 para 6% em 2011. Com isso, o país tem índice melhor que o registrado pelos Estados Unidos, que viu seu desemprego aumentar de 4,6% para 9,1% no período.
“O Brasil tem se destacado por conseguir tirar pessoas da linha da pobreza e ampliar o poder de compra do trabalhador, enquanto os Estados Unidos sofrem com os efeitos da crise”, diz Chaia.