Brasil convoca compradores de carne bovina após embargos
Enio Marques, viajou para Genebra para se reunir com representantes dos principais compradores da carne bovina brasileira
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 17h06.
Brasília - O governo convocou uma reunião na quarta-feira em Genebra com representantes diplomáticos dos principais países importadores de carne bovina brasileira depois que seis nações suspenderam as importações por conta de um caso atípico do chamado "mal da vaca louca".
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques, viajou para Genebra para se reunir com representantes dos principais compradores da carne bovina brasileira e explicar a situação, além de descartar qualquer risco, disseram nesta terça-feira à Agência Efe fontes dessa pasta ministerial.
As mesmas fontes confirmaram que a Coreia do Sul se tornou o sexto país a anunciar a suspensão temporária da importação de carne bovina brasileira perante a confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como "mal da vaca louca", em um animal morto há dois anos.
O veto também tinha sido anunciado pelo Japão, China, África do Sul, Arábia Saudita e Egito, embora este último país só suspendeu a importação de carne procedente do Paraná, estado onde foi registrado o caso.
Os seis compradores incluíram o Brasil na lista de países com risco do mal da vaca louca, por isso que automaticamente suspenderam as importações.
O caso da doença, classificado pelo governo como "não clássico" de EBB, foi confirmado por provas de laboratório realizadas em um animal que morreu no Paraná em 2010, segundo uma nota divulgada pelo Ministério da Agricultura em 7 de dezembro.
De acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária, as provas feitas em um laboratório britânico mostraram que a vaca possuía o agente que desencadeia a EEB embora o animal não tenha manifestado a doença e nem tenha morrido por conta da doença.
O "mal da vaca louca" é transmissível aos humanos, casos nos quais recebe o nome de doença de Creutzfeldt-Jakob.
O governo considera que os países que suspenderam as importações as normalizarão quando receberem as respectivas informações técnicas sobre o caso e detalhes sobre os sistemas de vigilância veterinária do Brasil.
Segundo o Ministério da Agricultura, o caso isolado e atípico "não representa nenhum risco para a saúde pública nem para a saúde animal".
O Brasil é o segundo exportador de carne bovina do mundo, com vendas de 1,02 milhões de toneladas - entre carne "in natura" e industrializada - nos primeiros 10 meses do ano.
Dos seis países que suspenderam as compras, só o Egito figura entre os grandes importadores do Brasil, mas, como seu embargo se restringe à carne procedente do Paraná, o alcance da medida é considerado irrelevante pelas autoridades.
A Arábia Saudita é o décimo maior comprador de carne bovina brasileira e os outros quatro países não são relevantes para as vendas do país.
Além da reunião convocada em Genebra para apresentar esclarecimentos em geral, o Brasil enviará missões oficiais a cada um dos países que comunicaram a suspensão das importações para oferecer informações sobre o caso.
A Associação Brasileira de Indústrias Exportadores de Carne (Abiec) considera que os embargos violam as normas da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e que o Brasil pode exigir justificativas dos autores da medida.
Brasília - O governo convocou uma reunião na quarta-feira em Genebra com representantes diplomáticos dos principais países importadores de carne bovina brasileira depois que seis nações suspenderam as importações por conta de um caso atípico do chamado "mal da vaca louca".
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques, viajou para Genebra para se reunir com representantes dos principais compradores da carne bovina brasileira e explicar a situação, além de descartar qualquer risco, disseram nesta terça-feira à Agência Efe fontes dessa pasta ministerial.
As mesmas fontes confirmaram que a Coreia do Sul se tornou o sexto país a anunciar a suspensão temporária da importação de carne bovina brasileira perante a confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como "mal da vaca louca", em um animal morto há dois anos.
O veto também tinha sido anunciado pelo Japão, China, África do Sul, Arábia Saudita e Egito, embora este último país só suspendeu a importação de carne procedente do Paraná, estado onde foi registrado o caso.
Os seis compradores incluíram o Brasil na lista de países com risco do mal da vaca louca, por isso que automaticamente suspenderam as importações.
O caso da doença, classificado pelo governo como "não clássico" de EBB, foi confirmado por provas de laboratório realizadas em um animal que morreu no Paraná em 2010, segundo uma nota divulgada pelo Ministério da Agricultura em 7 de dezembro.
De acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária, as provas feitas em um laboratório britânico mostraram que a vaca possuía o agente que desencadeia a EEB embora o animal não tenha manifestado a doença e nem tenha morrido por conta da doença.
O "mal da vaca louca" é transmissível aos humanos, casos nos quais recebe o nome de doença de Creutzfeldt-Jakob.
O governo considera que os países que suspenderam as importações as normalizarão quando receberem as respectivas informações técnicas sobre o caso e detalhes sobre os sistemas de vigilância veterinária do Brasil.
Segundo o Ministério da Agricultura, o caso isolado e atípico "não representa nenhum risco para a saúde pública nem para a saúde animal".
O Brasil é o segundo exportador de carne bovina do mundo, com vendas de 1,02 milhões de toneladas - entre carne "in natura" e industrializada - nos primeiros 10 meses do ano.
Dos seis países que suspenderam as compras, só o Egito figura entre os grandes importadores do Brasil, mas, como seu embargo se restringe à carne procedente do Paraná, o alcance da medida é considerado irrelevante pelas autoridades.
A Arábia Saudita é o décimo maior comprador de carne bovina brasileira e os outros quatro países não são relevantes para as vendas do país.
Além da reunião convocada em Genebra para apresentar esclarecimentos em geral, o Brasil enviará missões oficiais a cada um dos países que comunicaram a suspensão das importações para oferecer informações sobre o caso.
A Associação Brasileira de Indústrias Exportadores de Carne (Abiec) considera que os embargos violam as normas da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e que o Brasil pode exigir justificativas dos autores da medida.