Economia

BNDES prevê redução na demanda por recursos por proximidade das eleições

As decisões de investimento devem ser postergadas por empresários até que o cenário político eleitoral fique mais claro, disse Dyogo Oliveira

No ano até junho, as consultas e enquadramentos, passos que antecedem os desembolsos do BNDES, cresceram cerca de 5% em relação ao mesmo período do ano passado (Nacho Doce/Reuters)

No ano até junho, as consultas e enquadramentos, passos que antecedem os desembolsos do BNDES, cresceram cerca de 5% em relação ao mesmo período do ano passado (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de julho de 2018 às 13h46.

Rio de Janeiro- O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, espera uma redução na demanda por recursos do banco de fomento devido à proximidade do período eleitoral e da redução nas projeções para o desempenho da economia brasileira neste ano.

Segundo ele, as decisões de investimento devem ser postergadas por empresários até que o cenário político eleitoral fique mais claro. Além disso, após um começo de ano mais fraco que o esperado e um 2º trimestre afetado pela greve dos caminhoneiros, as projeções de expansão do PIB esse ano baixaram sensivelmente.

"Com o período eleitoral esperamos que haja uma retração das empresas porque os investimentos dependem do cenário político ... a desaceleração também impacta o BNDES. Estamos com esse cenário até o fim do ano", disse Oliveira a jornalistas nesta terça-feira, após visitar um museu com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na capital fluminense.

No ano até junho, as consultas e enquadramentos, passos que antecedem os desembolsos do BNDES, cresceram cerca de 5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

O presidente do BNDES disse ainda que deve se reunir ainda nesta terça-feira com um representante da Embraer,na qual o banco tem uma participação, para tratar da parceria da fabricante de aviões brasileira e a norte-americana Boeing.

"Vamos a partir de agora discutir mais detalhadamente essa questão. Com certeza é um bom negócio(para acionistas)", disse.

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